Ler à Sexta – Linguagem Corporal, de Glenn Wilson
Como podemos compreender a nossa postura e a linguagem não verbal dos outros? Como criar situações de maior conforto para um diálogo ou para uma proposta?
Estes são alguns dos temas que o Dr. Glenn Wilson nos traz no seu livro “Linguagem Corporal. Bem-vindo a mais um Ler à Sexta.
Ler à Sexta – Linguagem Corporal, de Glenn Wilson
Ter a capacidade de interpretar o que o outro nos quer dizer é uma tarefa exigente que tem muitas nuances e nem sempre o que se diz corresponde ao que verdadeiramente a pessoa pensa, no entanto, o nosso corpo manifesta, muitas vezes, o que estamos a pensar e a sentir genuinamente.
Então, “Linguagem Corporal”, traz-nos alguns temas onde o autor nos leva a compreender a mensagem da aparência e como a linguagem não-verbal se pode manifestar, ajudando-nos a dar as respostas corretas. Também permite corrigir o nosso corpo e atitude, para que possamos estar melhor preparados para situações profissionais ou sociais.
O livro traz sempre vários aspectos que relacionam o nosso corpo com o seu significado, como por exemplo, o nosso sorriso:
- O sorriso superior – os lábios afastam-se para mostrar apenas os dentes superiores. Trata-se de um sorriso social e afável que é usado para a saudação e numa conversa amigável. Associa-se ao contacto visual e é utilizado para reforçar a ligação entre mãe e filhos, entre outras.
- O sorriso tímido – é semelhante ao anterior, mas o lábio inferior esconde-se mais e a cabeça inclina-se ligeiramente para baixo. É utilizado por adultos quando ficam embaraçados, mas de bom humor, e pelas crianças quando encontram um adulto que lhes é estranho.
- O sorriso falso – é semelhante ao sorriso superior, mas não exibe as pequenas covinhas sob os olhos e as rugas em torno dos mesmos. Surge quando alguém está aborrecido num encontro social ou quando posa sem grande à-vontade para uma fotografia. Pode facilmente transformar-se num esgar de desprezo se se levantar o lábio propositadamente.
- O sorriso largo – os dentes inferiores são exibidos, assim como os superiores. Ocorre quando se vê alguém a tropeçar, quando nos fazem cócegas, ou quando rimos de uma boa piada. Uma vez que pode ter conotações agressivas, tende a ser reduzido a um sorriso superior quando existe contacto visual com outras pessoas.
- O sorriso oblongo – os cantos da boca ficam quadrados, mostrando os dentes cerrados. Reflete uma mistura de agressividade e de medo, ou de firmeza e apaziguamento, quando se lida com um bêbado, por exemplo.
- O sorriso brincalhão – boca aberta, com os cantos dos lábios para cima, mas sem mostrar os dentes. Vê-se quando as crianças estão a gostar de jogos e nos adultos que esperam pela próxima anedota de um comediante.
- O sorriso simples – os cantos da boca ficam salientes e movem-se para cima, os lábios esticam-se ligeiramente, mas permanecem descontraídos e não se afastam. Acontece quando sorrimos para nós mesmos em privado, ou quando recordamos acontecimentos divertidos e felizes.
- O sorriso irónico – é semelhante ao sorriso simples, mas os cantos da boca estão voltados para baixo, de forma desigual e quase carrancuda. Aparece quando ficamos desconcertados ou quando reprovamos alguma coisa, mas sem ficarmos seriamente incomodados.
- 9. O sorriso comprimido – os lábios estão cerrados e os cantos da boca ficam salientes, movendo-se para cima. Usado como aviso social moderado, como sucede quando alguém nos conta uma anedota que julgamos ser de mau gosto.
O que este livro me trouxe
Achei bastante interessante a forma como poderemos preparar um espaço para que a pessoa se sinta mais acolhida, mas também os cuidados que eu devo ter para que de forma alguma se sinta ameaçada. De facto, a linguagem não verbal é muito importante e ajuda-nos a compreender muito daquilo que a pessoa pode estar a passar no momento, por isso, estar atento é sempre um requisito a todo o momento.
Mais informações sobre o autor e o livro na Alma dos Livros
Conhece Glenn Wilson
É Professor Convidado de Psicologia no Gresham College, em Londres. Anteriormente, colaborou com o Instituto de Psiquiatria, o King’s College e a British Psychological Society. É especialista em personalidade, atração interpessoal e leitura da linguagem corporal.