A Arte da Paz – um livro de João Magalhães
Acredito que um dos maiores desafios que temos nos nossos dias é o de encontrar paz. Paz interior, no meio da confusão de estímulos, solicitações, obrigações e afazeres, assim como paz no nosso meio envolvente, na sociedade e no mundo. Nestes 33 anos de estudo e vivência do Budismo, encontrei pilares que me ajudam a construir a paz. Quero-os partilhar contigo…
Do Buda em mim, para o Buda em ti, que possamos construir a paz…
O livro terá o seu lançamento no Auditório do Festival de Bem-Estar, dia 14 de Setembro às 10h30.
À venda a partir de 9 de setembro, nas livrarias.
O livro está em pré-venda nas seguintes livrarias:
A Arte da Paz
A Arte da Paz é um livro completo e essencial que exprime a importância do diálogo para a paz em qualquer sociedade. Um livro de leitura obrigatória em que o autor retrata de forma simples, mas autêntica, tanto para os académicos como para os profissionais, como pode isso ser alcançado.
A obra está dividida em quatro secções, assim como as Quatro Nobres Verdades do budismo, e vai construindo em primeiro lugar a noção de que existe em nós uma inquietude que nos impede de vivermos em paz e depois passa para os conceitos, caminhos e realizações para a paz através do diálogo:
- Porquê a paz — qual a necessidade de haver paz na vida;
- O diálogo para a paz — o que é o diálogo e como o realizar;
- Caminhos para a paz — que ensinamentos e práticas nos podem conduzir a uma vida pacífica;
- Como viver em paz — como sustentar a paz e levá-la às questões do nosso quotidiano.
Em cada secção existem exercícios de prática, assim como textos dos ensinamentos de Buda, na íntegra, que te poderão auxiliar a compreender o contexto geral e específico de cada uma das partes desta Arte da Paz.
A Paz é algo que todos queremos, que muito trabalhamos para ter. Ela precisa de ser continuamente alimentada com sabedoria e compaixão. É este alimento que partilharei contigo e darei tudo aquilo que fui encontrando ao longo da vida na sabedoria de Sidarta Gautama.
Convido-te a fazeres mais este caminho comigo, juntos, na Arte da Paz, pela paz no mundo.
Podes ler mais sobre este livro no site da Editora Penguin.
O livro está também disponível em ebook, ver mais no site da Editora Penguin.
O que foi fazer este caminho de A Arte da Paz
33 anos se passaram desde o meu início no Budismo. Sempre encontrei nas palavras de Sidarta Gautama, paz. Elas levaram-me ao longo da vida a um caminho de reflexão e deste, a uma mudança de consciência e de prática. Que caminho exigente…
A determinado momento decidi escrever os Oito Pilares para a Felicidade, que deu origem a este livro. Escrevê-lo foi relatar o trabalho espiritual que fiz entre 2022 e 2023, através do Grupo de Trabalho para o Diálogo Inter-religioso, do KAICIID, dos Votos de Bodhisattva que tomei em Bussy-Saint-Georges, e todo o percurso que me levou de Estrasburgo a Bangkok, de Lumbini a Nalanda, de Kaohsiung a Bali, passando por Kyoto. Encontrar a paz é encontrar-me a mim mesmo, é saber acolher tudo aquilo que foi errado e todo o caminho inconsciente, levando a uma corcordância interior de que despertar é melhor que ficar a dormir na ignorância.
Será preciso viajar para nos encontrarmos interiormente? Não necessariamente, mas a vida colocou-me nestas viagens e, como tantas vezes, deixo-me ir na sincronicidade que se me apresenta que é o resultado de trabalho interno e externo. Na verdade, o mais difícil de todos os caminhos é o nosso próprio, aquele que é interior, que nos leva a nós mesmos. Quero ajudar-te nesse caminho, partilhando o bálsamo que me foi ajudando e a sabedoria que me inspira e guia.
Devo este livro, e tanto que faço, ao meu avô. A ele, dediquei o “ithipiso bagawa”, que me foi recitado em singalês, no Templo da Montanha Dourada, em Bangkok.
Ele é um Bem-Aventurado: Arahant, verdadeira e completamente Desperto,
dotado de conhecimento e conduta, que foi pelo bom caminho, conhecendo o mundo,
o maior professor de pessoas que podem ser ensinadas,
professor de deuses e humanos, Desperto, Abençoado.
Neste livro, tive o imenso privilégio de ter os prefácios da Prof. Helena Águeda Marujo, coordenadora da Cátedra UNESCO em Educação para a Paz Global Sustentável, do Prof. Paulo Mendes Pinto, Coordenador da área de Ciência das Religiões da Universidade Lusófona e de Andrew Boyd, Gestor Sénior do Programa, Programa Internacional de Bolseiros da KAICIID. Que os méritos deste trabalho possam auxiliar as suas vidas num caminho para a paz e felicidade.
A Arte da Paz
A Arte da Paz é, à sua maneira, um pequeno manifesto confiante de que a paz é, não só desejável, mas verdadeiramente possível. Na sua leitura profunda e esperançosa, há propostas de caminho a fazer em direção à saúde espiritual e relacional da humanidade, à diminuição do sofrimento, à harmonia plena.
Que o livro toque muitas vezes, muitas mentes e muitos corações.Helena Águeda Marujo, in prefácio
Ao longo das 416 páginas deste livro, pretendo fazer contigo um caminho tranquilo para a paz. Vamos a um compasso de tempo que será o teu, com reflexões e dicas para colocares em prática os ensinamentos e partilhas que aqui coloco.
Que recursos a Arte da Paz traz ao leitor
- Reflexão sobre o momento presente na vida;
- Compreender o karma, a nossa ação e o mudar;
- Como realizar um diálogo interno;
- Como levar o diálogo aos outros;
- Oito pilares para a paz;
- A meditação como caminho para despertar a bondade e autocompaixão;
- Dez ações construtivas;
- Oito pilares para a felicidade;
- Ensinamentos conforme transmitidos por Sidarta Gautama, o Buda;
- E muito mais…
Lembra-te “do amor, nasce o amor”, como dizia o Buda. Quando colocamos amor no que fazemos, os seus frutos serão de amor, doces, nutritivos e úteis para todos. O melhor fruto que posso ter deste trabalho é o de te sentires em paz. Este é o meu desejo genuíno.
Neste livro, abordarei também o diálogo, como sendo uma das ferramentas valiosas para o nosso autoconhecimento, assim como para criarmos mais coesão, concórdia e felicidade ao nosso redor.
OS DEZ PRINCÍPIOS DO DIÁLOGO
- Estabelecer um espaço seguro;
- Concordar que o propósito principal do diálogo é a aprendizagem;
- Utilizar competências de comunicação adequadas;
- Estabelecer regras básicas adequadas no início de cada sessão de diálogo.
- Assumir riscos, exprimir sentimentos e confrontar perceções (honestidade);
- Colocar a relação em primeiro lugar;
- Abordar gradualmente as questões difíceis e afastar-se gradualmente delas;
- Não desistir nem evitar as questões difíceis;
- Esperar ser mudado;
- Levar a mudança aos outros.
Sobre o autor
JOÃO MAGALHÃES é alumni do International Dialogue Centre (KAICIID), e o primeiro português a realizar o programa de diálogo inter-religioso e intercultural. É supervisor da Buddha’s Light Internacional Association, associação ligada ao Templo Fo Guang Shan, e fundou com Gabriel Simões a Ananda – Associação para a paz e diálogo. Deu várias palestras sobre Budismo, traduziu mais de trinta obras do Venerável Mestre Hsing Yun e integrou o Grupo de Trabalho para o Diálogo Inter-religioso do Alto Comissariado para as Migrações. Publicou treze livros na Nascente, entre os quais se destacam O Grande Livro do Reiki (2015), Reiki Usui (2022) e Tu És Buda (2022). Vê o budismo como uma filosofia de vida e segue estes três pilares:
- Cessa todo o mal, pratica o bem, purifica a mente. — O Buda, Dhammapada
- O ódio nunca é apaziguado pelo ódio neste mundo. Só pelo amor é que o ódio é apaziguado. Esta é uma lei eterna. — O Buda, Dhammapada
- Pratica bons pensamentos, boas palavras, e boas ações. — Ven. Mestre Hsing Yun