O que a Mestre Takata disse sobre iniciações à distância, a Marta Getty

Iniciações à distância é sempre um tema polémico, por um lado pelo contraste que tem com a prática ensinada por Mikao Usui e Chujiro Hayashi, por outro pelo rigor que se pretende nos dias de hoje, mas por outro lado, precisamos também compreender bem qual era a posição da Mestre Takata sobre essas iniciações à distância, cujo termo iniciação é por si só polémico que chega.

O que Hawayo Takata disse a Marta Getty sobre isso?

Iniciações à distância… qual a reflexão de Marta Getty, aluna de Hawayo Takata

De facto, Reiki não tem um processo de iniciação, mas sim de sintoniação, ou melhor ligação, ou empoderamento, pois não é um movimento iniciático ou esotérico. Mas este é um termo comum nos Estados Unidos pós segunda guerra mundial, na sua prática de Reiki.

E daqui, passamos para o contexto da prática à distância. De acordo com Robert Fueston, Mestre de Reiki e investigador, que publicou o “The History and System of Usui Shiki Reiki Ryoho”, existem dois aspectos reportados sobre a iniciações à distância, o primeiro, que foi uma troca de correspondência entre a Mestre Takata e a sua amiga Doris Duke, a outra uma conversa com Marta Grey, em Outubro de 1980.

Um dia, ao falar com a Srª Takata, perguntei-lhe se como era possível fazer um tratamento distante ou ausente a outros, se também seriam possíveis iniciações à distância. Ela olhou-me surpresa e pensei que talvez não respondesse à minha pergunta. Pelo contrário, ela disse que é possível e que fê-las em ocasiões de emergência, mas que não gostava de as fazer porque um dos valores centrais do Reiki, Usui Shiki Ryoho, é a tradição oral, e ter contacto direto entre estudante e Mestre na transmissão da energia, informação e histórias.

O que compreendi da sua resposta, depois da passagem de muitos anos na minha prática como professora, é que por causa de algo poder ser feito, não significa que é a melhor forma de o fazer, nem o melhor serviço para o estudante ou para Reiki.

Marta Getty (1945-2020)

Poderás ler este texto no original, na página 213 do livro de Robert Fueston.