
O meu sentir com o Braco
No Festival de Bem-Estar de 2023, tive a oportunidade de estar novamente nas quatro sessões do Braco no apoio à apresentação e, tendo que estar atendo à audiência, não consigo estar a usufruir do seu olhar (gazing).
No entanto… este ano tive três oportunidades de sentir melhor, não só o seu olhar mas também presença.
Braco, o sentir requer presença, em todos os sentidos
Antes de cada sessão de olhar do Braco, o Jorge Coelho faz sempre um momento de recolhimento e preparação, mas isso não quer dizer que realmente estejamos preparados. A nossa expectativa é, por vezes, algo de muito exigente na atenção e leva-nos a desviar do que realmente está a acontecer, como se houvesse uma história que queremos encontrar, mas que não é isso que acontece no momento. Surge a decepção.
Por outro lado, podemos estar influenciados pelas experiências dos outros, o que nos pode limitar, também pela expectativa.
Podemos estar também focados na nossa dor, ou em outras ocupações, o que nos desvia a presença necessária para sentir.
Tive a oportunidade de estar frente a frente com ele, quando fomos apresentados e senti, o seu olhar. Tive outra oportunidade quando tiramos a fotografia e também senti a sua presença. A última sensação foi na primeira sessão de domingo, onde mesmo não olhando diretamente para ele, senti a energia a preencher o espaço e a fazer “aumentar” o tamanho da minha além da dimensão do corpo.
O sentir que tive, pela presença do Braco, foi muito bom, pois houve um contacto de pessoa para pessoa, de ser para ser… talvez por isso tenha tido estas sensações. Quem é o Braco, não sei dizer concretamente, mas que através dele algo extraordinário é veiculado, isso sim.
Novamente, para sentir, como o Jorge Coelho diz, precisamos estar presentes no momento e acrescento, ausentes das nossas próprias questões, para que possamos aproveitar da melhor forma possível a incrível oportunidade do momento.
Estar presente é preciso, se queremos sentir.

