Estudos sobre Reiki

Práticas Integrativas e Complementares: Aplicabilidade em Pacientes Oncológicos e seus benefícios 

Um trabalho realizado por Camille Letícia Hullen, Laura Beatriz Ritt, Ana Paula Fritsch, Kamila Cerbaro Cezario, Taiane Schneider.

 INTRODUÇÃO: Devido a grande demanda em gerar a integralidade em saúde, o Ministério da Saúde (MS) implementou as práticas integrativas e complementares (PICS) em 2006 e sua prática vem se destacando de maneira positiva desde então. 1 Vinte e nove PICS são oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), como aromaterapia, reiki, dança circular e constelação familiar, as quais baseiam-se em conhecimentos tradicionais e visam trazer equilíbrio entre corpo e mente, buscando a cura para o físico no espiritual. 2 Ainda segundo o MS o tratamento de câncer, uma doença caracterizada pelo crescimento anormal de células que podem atingir órgãos e tecidos, é realizado utilizando variadas modalidades e técnicas, como radioterapia, quimioterapia, transplante de medula óssea e cirurgia. Os pacientes que seguem o tratamento do câncer relatam dor crônica e sentimentos depressivos, contexto esse em que as PICS podem ser meios efetivos durante o tratamento, uma vez que são ferramentas de grande relevância no contexto de assistência do enfrentamento psicológico dos pacientes, gerando diversos benefícios ao longo do tratamento. 1,3

OBJETIVO: Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica para analisar a aplicabilidade das práticas integrativas e complementares em pacientes oncológicos e avaliar os benefícios, bem como o alívio ou controle da dor durante o tratamento do câncer.

MÉTODO: A busca foi realizada em Outubro de 2022, na BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), na base de dados LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e Scielo (Scientific Eletronic Library Online). A seleção dos artigos considerou os descritores: PICS; tratamento oncológico; oncologia.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: As práticas integrativas e complementares tem seus fundamentos no sistema médico tradicional, baseado no modelo holístico, cujo tratamento consiste em induzir o paciente a um estado de harmonia e equilíbrio biopsicossocial, por meio de terapias energéticas, técnicas mente-corpo e prática de manipulação do corpo aliadas aos fundamentos da biologia.4, 3 Esses métodos tratam o ser humano em todos os níveis, físico, mental, espiritual, e emocional, buscando harmonizar o ser humano com seu meio ambiente.4 O câncer é uma das doenças de maior prevalência no mundo. Ela se caracteriza pelo crescimento acelerado, agressivo e desordenado de células, que podem afetar tecidos e órgãos. Segundo o Ministério da Saúde (MS), juntamente com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), estima-se que no período de 2020 a 2022 houveram, aproximadamente, 625 mil novos casos de câncer no Brasil, sendo o de maior incidência o câncer de pele.5, 2 O câncer é uma doença que gera muito sofrimento e desconforto aos pacientes, sendo assim, as PICS vêm como uma ferramenta para proporcionar melhor efetividade no tratamento e diminuir os efeitos físicos e psicológicos adversos da doença, auxiliando o paciente a receber o diagnóstico de forma mais branda e passar pelo tratamento com mais segurança. A pesquisa em questão mostrou que a utilização das PICS, como por exemplo o reiki e a aromaterapia, promovem alívio da ansiedade, estresse, angústia psicossocial, melhora do humor e da dor, aumento nos níveis de dopamina e serotonina, bem como, a diminuição de sintomas depressivos, da raiva, do nível de cortisol e citocinas, alopecia, ondas de calor e moleza, desequilíbrio hidroeletrolítico, vômitos, insônia, linfedema, redução dos efeitos adversos causados pelas medicações e, ainda, redução do tempo de recuperação após cirurgia. 1, 3, 4, 6, Nesse contexto, a oncologia integrativa é uma das áreas que vem se desenvolvendo fortemente no uso das PICS, esse fato é evidenciados com a criação de alas destinadas a essa especialidade em dois importantes hospitais de oncologia dos Estados Unidos: Sloam Memory Hospital e MD Anderson Cancer Center. No Brasil, cinco hospitais de referência oncológica, como Albert Einstein, Oswaldo Cruz, Sírio Libanes, Instituto Nacional de Câncer (INCA) e o Instituto de Tratamento do Câncer Infantil (ITACI) da Universidade de São Paulo (USP) abriram alas de medicina integrativa.3 Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil dispõe de vinte e nove práticas integrativas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), dentre eles se destacam: a musicoterapia, que utiliza tanto a música quanto seus elementos, como o ritmo e a melodia; a acupuntura, com o uso pequenas agulhas em pontos determinados do corpo para o estímulo de algum órgão ou sistema; a auriculoterapia, que, semelhante à acupuntura, utiliza agulhas, esferas ou sementes para o estímulo de pontos energéticos específicos na orelha, relacionados à alguma parte do corpo; o reiki, que baseia-se na canalização da energia vital por meliodas mão, estabelecendo o equilíbrio energético; e a massoterapia, que visa o relaxamento e alívio de dores. Esses atendimentos são realizados nas unidades básicas de saúde (UBS), que são a principal porta de entrada dos pacientes acometidos pela doença. 7, 2

CONCLUSÃO: De acordo com o estudo, foi evidenciado que as Práticas Integrativas e Complementares (PICS) tiveram significativo crescimento na ala oncológica. A melhora na qualidade de vida dos pacientes foi perceptível nos materiais de estudo, devido aos seus inúmeros benefícios, promovendo o bem-estar físico, emocional, mental, espiritual e social. O uso dessas abordagens integrativas se mostra como uma ótima ferramenta na complementação à medicina convencional, no que diz respeito à minimização da dor, da fadiga, da ansiedade, do medo e de sentimentos negativos provenientes do diagnóstico e tratamento oncológico, propiciando uma maior qualidade de vida a esses pacientes e proporcionando esperança e coragem para o enfrentamento da doença. No entanto, ainda é uma assunto pouco estudado e trabalhado nos serviços e cursos da saúde, além de ter uma baixa procura pela população devido a preconceitos, dúvidas em relação à eficácia ou falta de informação e divulgação das mesmas. Dessa forma, é necessário a realização de mais estudos sobre as práticas, tanto isoladas quanto associadas à outras, em relação aos grupos oncológicos, a fim de averiguar as potencialidades desta abordagem e assim formular estratégias de intervenção que visam o bem-estar do paciente durante todo o processo do câncer, do diagnóstico à cura. 

DESCRITORES: PICS. tratamento oncológico. oncologia. 

EIXO TEMÁTICO: saúde coletiva. 

REFERÊNCIAS 

1 MENIN, Scheila Patricia. Benefícios no tratamento do câncer atrelado ao uso das Práticas Integrativas e Complementares. Revista Científica Perspectiva Ciência e Saúde [online]. 2020. Disponível em: <http://sys.facos.edu.br/ojs/index.php/perspectiva/article/view/411>. Acesso em: 20 out. 2022. 

2 BRASIL. Ministério da Saúde. Práticas Integrativas e Complementares (PICS) 

Distrito Federal, 2022. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/p/praticas-integrativas-e-complementares-pics-1>. Acesso em: 20 out. 2022. 

3 XAVIER, Letícia Mendes; TAETS, Gunnar Glauco de Cunto Carelli. A importância de práticas integrativas e complementares no tratamento de pacientes com câncer. Enfermagem Brasil, [S.L.], v. 20, n. 1, p. 82-93, 18 mar. 2021. Convergences Editorial. 

4 BARBOSA, Fernanda Elizabeth Sena et al. Oferta de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde na Estratégia Saúde da Família no Brasil. Cadernos de Saúde Pública [online]. 2020, v. 36, n. 1. 

5 MOURA, Ana Carolina de Abreu; GONÇALVES, Cíntia Carolina Silva. Práticas integrativas e complementares para alívio ou controle da dor em oncologia. Revista Enfermagem Contemporânea, [S.L.], v. 9, n. 1, p. 101-108, 16 abr. 2020. Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. 

6 SIEGEL, Pamela; BARROS, Nelson Filice de. Práticas Integrativas na Oncologia. Physis: Revista de Saúde Coletiva, [S.L.], v. 24, n. 4, p. 1367-1370, dez. 2014. FapUNIFESP (SciELO). 

7 CHAGAS, Natanael; LOCATELI, Gelvani; GATO, Caroline Menzel; OLIVEIRA, Gabriela Gonçalves de; ZENEVICZ, Leoni Terezinha. Acendendo as Luzes: uma inovação no cuidado à saúde dos pacientes oncológicos, familiares e equipe. Saúde em Redes, [S.L.], v. 6, n. 1, p. 155-162, 28 jul. 2020. 

Fonte: ANAIS EM SAÚDE COLETIVA, V. 2 n.1 (2022/2) 

Designer, Mestre, Terapeuta de Reiki, Presidente da Associação Portuguesa de Reiki e fundador da Ser - Cooperativa de Solidariedade Social. Autor dos livros «Reiki Guia para uma Vida Feliz», «O Grande Livro do Reiki», «Reiki Usui», entre muitos outros. Fundador da revista "Budismo, uma resposta ao sofrimento". Acima de tudo quero partilhar contigo o porquê de Reiki ser a «Arte Secreta de Convidar a Felicidade».

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João Magalhães Reiki
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