2021 - Prática da Bondade

A Compaixão em tempos de (in)felicidade

A compaixão é um sentimento inato em todos nós, mas que nem sempre pode estar desperto. Requer empatia, bondade, compromisso e entendimento. Para que tudo se conjugue de forma harmoniosa, também a nossa mente deve estar focada nestas atitudes e viveres.

Como conseguiremos ter compaixão em tempos de infelicidade? ou mesmo em tempos de felicidade?

A compaixão nos momentos difíceis e fáceis da vida

Neste tempo presente, acredito que a mente de todos esteja a lidar com questões exigentes. Como estará a saúde dos meus familiares e amigos? Como estarei eu amanhã? Não tenho emprego e agora? Vejo tantas pessoas a sofrer, o que posso fazer?

Quando estas questões nos surgem diariamente, surge um cansaço interior que nem sempre é reconhecido.

Pior ainda, a preocupação que tínhamos pelos outros tornou-se saturação. Já não queremos ouvir ninguém ao telefone e se pudermos adormecer, acordar, e tudo estar resolvido, melhor ainda.

Desta forma a compaixão fica escondida atrás das nuvens escuras da nossa preocupação. Quando isso acontece, precisamos primeiro dirigir esta vontade para nós mesmos.

Gerar autocompaixão

Autocompaixão não é egoísmo.

Egoísmo é estarmos tão centrados nas nossas necessidades que podemos mesmo ultrapassar as barreiras do bom senso e aproveitarmo-nos dos outros. A autocompaixão é um sentido de entender as nossas necessidades, compreender o nosso sofrimento e cultivar uma bondade expansiva que vai de nós aos outros.

Então, quando estamos mal, muitas vezes nem conseguimos receber corretamente o que os outros nos dão, porque principalmente não estamos a saber dar a nós mesmos.

Uma forma de gerares autocompaixão é lembrares-te de que o que desejas aos outros, deves ter também no teu interior, presente em ti.

Desta forma, experimenta colocar as mãos no teu peito, sente-te, respira tranquilamente e quando quiseres, repete fazendo vibrar em cada parte do teu ser:

  • Eu estou bem;
  • Eu estou seguro;
  • Eu estou feliz;
  • Eu estou em paz.

Tenta perceber se estas palavras que compõem cada desejo fazem sentido ou se preferes reformular a frase.

Cultivar compaixão em todos os tempos

Quando em nós está presente a compaixão, porque a cultivamos abundantemente, os seus frutos como a generosidade, bondade, amabilidade, contentamento e equanimidade verterão também para os outros.

Sendo tempos de infelicidade ou felicidade, a compaixão bem enraizada em nós chega a todos, em qualquer situação. Mesmo que sintas que nada podes fazer, há um desejo que podes sempre vibrar para o mundo:

  • Que estejas bem;
  • Que estejas seguro;
  • Que estejas feliz;
  • Que estejas em paz.

A cultura da compaixão é inata em todos, despertá-la requer consciência, mantê-la requer bondade e entendimento.

Designer, Mestre, Terapeuta de Reiki, Presidente da Associação Portuguesa de Reiki e fundador da Ser - Cooperativa de Solidariedade Social. Autor dos livros «Reiki Guia para uma Vida Feliz», «O Grande Livro do Reiki», «Reiki Usui», entre muitos outros. Fundador da revista "Budismo, uma resposta ao sofrimento". Acima de tudo quero partilhar contigo o porquê de Reiki ser a «Arte Secreta de Convidar a Felicidade».

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