
Lua de Outono – um poema exigente, mas profundo para os nossos tempos
A Lua de Outono é um tempo, para os orientais, de festividade, contemplação e poesia. O primeiro dos poemas escolhidos pelo Mestre Usui, escrito pelo Imperador Meiji é exatamente a “Lua”.
Na China, também nas reflexões da poesia budista, podemos encontrar referências a esta lua.
A minha mente, como a lua de Outono,
Hanshan, Dinastia Tang
perfeitamente nítida e brilhante como o lago de esmeraldas.
Visto que nada se pode comparar a isto,
como poderei tornar tais pensamentos em palavras?
A raiva, o fogo da mente,
que queima a floresta dos méritos.
Se desejamos praticar o caminho do bodhisattva,
há que proteger a mente verdadeira com a paciência.
A lua de Outono é algo de muito importante, por representar as colheitas, o belo e um sentido de permanência.
Embora a lua de outono não mude desde os tempos antigos, muitas pessoas já passaram neste mundo.
Imperador Meiji

Este poema traz-nos a bela reflexão sobre tradições, valores e impermanência. Por um lado, há tradições que valem a pena manter, são celebrações que representam valores. Estas celebrações mantém-se apesar de tantas gerações passarem.
Por outro lado, compreendemos que nada é permanente, nada se mantém para sempre e escutar este ensinamento natural com serenidade, permite-nos compreender que mesmo que a Lua de Outono se mantenha, a forma de a celebrarmos, poderá ser diferente, mantendo valores e contemplação. Esta é uma excelente reflexão para os tempos de hoje em que adiamos celebrações ou arranjamos formas engenhosas de as cumprir em segurança.
Podes ler os poemas do Imperador Meiji em Reiki Guia para Uma Vida Feliz.
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