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Manteres a distância social é também um ato de compaixão

A compaixão traz-nos entendimento sobre nós próprios e também sobre os outros. Conhecemos o nosso sofrimento e reconhecemos o sofrimento dos outros. Num tempo em que a saúde pública está em causa, estarmos conscientes e sermos compassivos pode fazer muita diferença.

Manteres a distância social é também um ato de compaixão

Já são muitos meses sem nos podermos abraçar, tocar, partilhar as experiências que vivemos presencialmente ou até simplesmente estarmos encostados a ler, tocar, jogar, rir.

É um tempo que nos traz tristeza e a pequena oportunidade que surge faz-nos querer recuperar tudo o que perdemos, mas será que realmente perdemos algo?

Quando sentimos a falta dos amigos, da sua presença reconhecemos como é bom estar com determinadas pessoas, como elas são importantes para a nossa vida. Reconhecer isto é ver em maior profundidade que temos tanta sorte de termos essas pessoas na nossa vida, que o que elas nos trazem o que lhes damos é algo de imaterial – é o nosso coração e os sentimentos belos da amizade, é a nossa mente e os grande pensamentos sobre a vida.

Estarmos distantes não significa que nos distanciamos como amigos, pois não somos amigos de um abraço, mas sim amigos de uma pessoa como nós, que partilha connosco a vida. Nós os dois valorizamo-nos e sendo genuinamente amigos, compreendemos a importância de um abraço, mas também sabemos que por agora, de alguma forma, pode colocar a nossa saúde ou a saúde dos outros em risco.

Quando mantemos a distância social, não o fazemos por medo, mas por compaixão. Reconhecemos o nosso espaço e o espaço do outro, reconhecemos o valor da nossa saúde e da saúde do outro, assim como a de todos os que nos são próximos.

Um abraço pode esperar, a saúde devemos manter. Por isso mesmo, podemos estar à distância que a amizade genuína não se perde, o amor pode ainda cultivar-se mais forte. Este é um tempo que nos traz a lição para a ansiedade, o saber estar e respeitar o momento presente, assim como nos traz a grande lição da bondade – não sou só eu que importo, a saúde do outro é também importante.

Designer, Mestre, Terapeuta de Reiki, Presidente da Associação Portuguesa de Reiki e fundador da Ser - Cooperativa de Solidariedade Social. Autor dos livros «Reiki Guia para uma Vida Feliz», «O Grande Livro do Reiki», «Reiki Usui», entre muitos outros. Fundador da revista "Budismo, uma resposta ao sofrimento". Acima de tudo quero partilhar contigo o porquê de Reiki ser a «Arte Secreta de Convidar a Felicidade».

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