Quando nós queremos que o outro fique bem e sentimos que não há esforço recíproco
Ser terapeuta de Reiki ou voluntário, leva-nos a estar expostos a várias realidades no percurso terapêutico. Estas realidades, podem mexer connosco, com as nossas crenças e valores… será isso mau?
Não é, muito pelo contrário, pode ser incrivelmente valioso para o nosso crescimento pessoal e até capacitação para melhor tratar o outro.
O percurso terapêutico e aprender com o “quando queremos que o outro fique bem”
Quando cuidamos o outro, precisamos ter sempre em conta três aspetos:
- Eu;
- O outro;
- O processo terapêutico.
Eu
Cuidar do outro começa em nós – porque quero cuidar do outro? Como cuido de mim mesmo?
Quais são as tuas dores que tantas vezes se refletem no outro?
O outro
Como eu vejo o outro? É alguém que precisa de mim? Que história tem?
O percurso terapêutico
A prática de Reiki, também aos outros, envolve uma filosofia de vida transversal a todo o processo. Isto quer dizer, que o nosso método de tratamento indicado pelo Mestre Usui, não é apenas o colocar as mãos, ou a procura de uma cura da doença, há algo de bem mais profundo que podemos encontrar na nossa missão, declarada pelo Mestre Usui:
A missão do Usui Reiki Ryoho é guiar para uma vida pacífica e feliz. Curar os outros, melhorar a sua felicidade e a nossa própria.
Mikao Usui
Então, há questões que precisamos colocar para compreendermos o que fazemos, a nossa relação com o outro e a relação que o outro tem connosco, consigo mesmo e com o percurso terapêutico.
Questões para refletires sobre o percurso terapêutico
Perante este percurso terapêutico, responde a estas questões:
- Quem sou eu?
Identifica quem és, quais as tuas crenças no cuidar, o que queres em troca? Qual a tua capacidade de aceitação?
- Quem é o outro?
Como identificas o outro perante o que lhe fazes? Que necessidades achas que tem? De que forma se relaciona com a vida?
- Em que ponto nos encontramos?
Tu e o outro, onde estão? O que fazem? Porque? É consciente e conjunto?
- Que limites temos
Quais as fronteiras que impões no teu tratamento ao outro? Que fronteiras tens para contigo mesmo? Como te sentes seguro? Como te sentes sem dívida?
- Que intenção tenho com este percurso terapêutico
No percurso terapêutico, quer seja gratuito, por donativo ou pago, há sempre uma intenção. Há a óbvia, consciente e objetiva e há a subjetiva. Descobre a tua intenção insconsciente e subjetiva.
- De que forma me desapego
Antes, durante e depois, como te desapegas? Ou será que acreditas que empatia precisa de apego? Entendimento necessita sofrimento?
- O que eu quero em troca
Com todo este processo, o que queres em troca?
O que fazes se não o recebes?
Todos nós queremos mesmo o melhor para o outro, mas fica do lado do outro também o querer para si mesmo, sem isso nada é possível.
Podes procurar algumas respostas e suporte à tua prática em Reiki, Guia do Método de Cura.
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