Reiki,  Reiki para Crianças e Pais

Auxiliar a criança num momento em que conhece a morte

A morte chega sempre a determinado momento a todas as famílias e além da gestão da dor pessoal que sentimos, precisamos também ajudar as crianças que estejam na família.

Desde o companheiro de quatro patas que faleceu ao familiar, as crianças precisam ter o suporte necessário sobre os seus conceitos da morte, antes que os criem por elas mesmas e se transformem em dores internas que geram ansiedade e mesmo ataques de pânico.

Uma perspetiva de Reiki para auxiliar a criança no seu contato com a morte

Praticamente todas as famílias lidam por si mesmo com as situações e explicações sobre a morte a uma criança, poucas procuram um aconselhamento psicológico e muitas vezes ele é necessário. É nesse sentido que reforço a importância desse tipo de aconselhamento profissional.

A prática de Reiki é assente numa filosofia de vida, onde por um lado compreendemos que tudo tem uma energia e por outro que a nossa vida precisa de ser assente em pilares fortes nos quais nos possamos construir.

Então vamos ver como a tua prática de Reiki te poderá ajudar neste momento tão difícil a confortar, esclarecer e empoderar a criança.

  1. As questões práticas

    Por vezes as crianças perguntam coisas que nos deixam lívidos – quem está agora no caixão? ou, quem é aquela pessoa? Porque está tão diferente? Porque cheira esquisito? Vai a uma festa com aquela roupa?
    É claro que é um momento de sofrimento e não o perguntam por desrespeito, mas sim com a naturalidade de se confrontarem com aquela situação. Estão ali pela primeira vez. Ralhar, mandar calar, poderá não ser a melhor solução.
    Este é o seu primeiro impacto com a morte e poderá levar a uma atitude positiva ao longo da vida ou a um pesar inconsolável e inconsciente.

  2. Aceitar os sentimentos e escutar atentamente

    Claro que queremos evitar o sofrimento desnecessário das crianças, mas quando elas manifestam os seus sentimentos, devemos escutá-los, ajudá-las a sentirem-se confortáveis por os terem partilhado. O facto teres estado ali para ela, poderá ter um grande impacto na sua vida pois sente-se escutada, amparada e esclarecida.
    Por vezes, não deixar a criança chorar, transbordar a sua tristeza, os seus sentimentos e ideias, poderá criar bloqueios que mais tarde surgirão – é o que encontramos muitas vezes em termos energéticos.

  3. Que resposta dar

    Se houvesse a resposta certa, já todos nós a saberíamos e aplicaríamos, mas na verdade não há, pois cada pessoa é única na construção da sua psique, assim como na construção das suas crenças. A vivência do que se observa e experimenta poderá trazer reações inesperadas quando somos confrontados com a morte. É um momento não só de esclarecer uma criança, mas de também nos confrontarmos com as nossas próprias ideias, vivências e crenças.

Estes três pontos mostram aspetos que são muito comuns e reais quando uma criança é confrontada com a perda de alguém e encontra o conceito da morte.

Muitas vezes deparo-me com pessoas que carregam em si grande ansiedade e mesmo ataques de pânico, pois têm medo que os pais morram ou elas morram, sem razão aparente para serem assim. No entanto, encontram por vezes um momento traumático na sua infância, onde alguém falou sobre a morte de uma forma que as deixou marcadas.

É impossível impedirmos um trauma, mas podemos tentar da melhor forma possível esclarecer, confortar e acarinhar a criança – esse é o nosso papel. E ela, por si mesma, irá ter as suas resoluções internas, que já não passam por nós.

Então, enquanto praticantes de Reiki, reconhecemos que a criança pode estar num momento em que ainda não tem conceitos sobre o que se passa e que a nossa resposta será uma boa resposta quando dada para promover a calma da criança, a sua confiança na vida, o entendimento das situações, sendo esclarecida com honestidade e sempre confortada com amor.

Se vires que a criança está ansiosa, ajuda-a com a respiração, por exemplo com a técnica Joshin Kokyu Ho e também com o enraizamento.

Para te auxiliar, poderás também ler o livro do Dr. Manuel Mendes Silva “A morte explicada aos mais novos“.

Esclarecimento

A prática de Reiki não substitui os cuidados médicos, é apenas um auxiliar integrativo e exclusivamente do campo energético.
Quaisquer situações que perdurem devem ser avaliadas por profissionais de saúde.

Designer, Mestre, Terapeuta de Reiki, Presidente da Associação Portuguesa de Reiki e fundador da Ser - Cooperativa de Solidariedade Social. Autor dos livros «Reiki Guia para uma Vida Feliz», «O Grande Livro do Reiki», «Reiki Usui», entre muitos outros. Fundador da revista "Budismo, uma resposta ao sofrimento". Acima de tudo quero partilhar contigo o porquê de Reiki ser a «Arte Secreta de Convidar a Felicidade».

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