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Cultivar a compaixão por todos os seres vivos – 5º Passo

Por vezes dizemos que é muito fácil termos compaixão por todos os seres vivos, que amamos a humanidade e todos os animais, que amamos a vida.

Depois, deparamo-nos com alguém que nos engana – não conseguimos ter compaixão. Vemos uma orca a comer um leão marinho tão querido, perdemos a compaixão. Deixamo-nos afundar pela depressão e ansiedade, perdemos compaixão pela vida.

Muitas vezes por dia, até nos intoxicamos com indignação e julgamento, mas continuamos a acreditar que temos compaixão por todos os seres vivos. Então, o que pode estar errado?

Compaixão é um profundo entendimento do caminho que cada um percorre, no grande caminho da humanidade. É compreender que outros trazem-nos sofrimento e que nós também levamos sofrimento a outros.

Neste entendimento compreendemos que aquela pessoa que nos trata mal o faz por ignorância, por desconhecimento de outra forma de resolver as suas questões. Que aquele animal que come outro, o faz por sobrevivência. Que a depressão, ansiedade, que todas as emoções que temos, são parte da nossa vida e que esta merece ser melhorada.

Ter compaixão por todos os seres vivos é o trabalho de uma vida, é reconhecer que todos estamos ao mesmo plano e não sentir que uns são melhores que outros. Cada um tem o seu tempo de realização.

Meditação para a compaixão por todos os seres vivos

O 5º Passo para cultivar a compaixão é uma meditação extensa que se vai desdobrando em todas as anteriores que já fizemos. Não podemos saltar passos.

Temos que nos identificar e ter compaixão para connosco. Transbordá-la aos nossos amigos, aos desconhecidos, a quem nos traz dificuldade e, finalmente, a todos os seres vivos.

  1. Senta-te confortavelmente;
  2. Toma consciência da tua respiração e do teu corpo;
  3. Com a respiração, vai relaxando cada músculo para que não haja tensão em ti;
  4. Toma consciência das tuas emoções e sente a serenidade a enraizar-se em ti;
  5. Deseja para ti saúde, felicidade e que a vida te traga tudo de bom. Faz esta prática por 5 ou 10 minutos;
  6. Depois, envia esse desejo a um amigo querido;
  7. Transporta também esse desejo para uma pessoa desconhecida, que a sua vida esteja plena de saúde, felicidade e que tenha tudo de bom;
  8. Recorda-te de uma pessoa difícil na tua vida, não te apegues às emoções, compreende o seu sofrimento que te leva a sofrer;
  9. Deseja-lhe saúde, felicidade e que a vida lhe traga tudo de bom;
  10. Finalmente, vamos estender a todos os seres vivos este desejo, esta prática de compaixão;
  11. Visualiza-te a ti, com saúde, felicidade e tudo de bom. Passa aos teus amigos e familiares. Depois, aos desconhecidos e àqueles que te trazem dificuldade. A todos os animais, a todo o planeta, a toda a vida;
  12. Sente como é bonita esta expressão da compaixão e como tudo parece diferente na vida.

A compaixão é sabedoria, é uma qualidade inata em todos nós. Quando a nossa compaixão ainda não é completa, não quer dizer que somos falsos ou estamos num caminho errado, apenas quer dizer que estamos a fazer o nosso trabalho.

Precisamos sim, estar conscientes de que o devemos fazer.

A compaixão pode ser a ferramenta mais genuína de transformação da nossa consciência e da nossa sociedade.

Designer, Mestre, Terapeuta de Reiki, Presidente da Associação Portuguesa de Reiki e fundador da Ser - Cooperativa de Solidariedade Social. Autor dos livros «Reiki Guia para uma Vida Feliz», «O Grande Livro do Reiki», «Reiki Usui», entre muitos outros. Fundador da revista "Budismo, uma resposta ao sofrimento". Acima de tudo quero partilhar contigo o porquê de Reiki ser a «Arte Secreta de Convidar a Felicidade».

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