2020 - Esforço Correto

Quando uma decisão nos traz tristeza

Nem sempre uma decisão é clara e nos traz leveza, ou nem sempre ela é absolutamente clara e nos traz resolução. Há decisões que, apesar de sabermos que são as corretas, trazem-nos tristeza. Porque será?

A decisão e a coerência

As nossas decisões estão dependentes das histórias que vivemos, das experiências que delas recolhemos, das histórias que criamos na nossa imaginação e do que cremos ser o nosso percurso de vida.

Tudo isto é construído pela nossa mente, que tem a gerir o que pensamos e o que sentimos, sendo que muitas vezes, falta coerência nestas duas ações.

Então, a nossa experiência e as nossas crenças, constroem uma história que é gerida e manifestada por pensamentos e emoções/sentimentos.

Quando temos uma decisão a tomar, tudo é pesado de uma forma muito imediata e inconsciente. Se a nossa mente e coração não estiverem em coerência iremos tomar uma decisão indecisa, ou seja, sem estarmos absolutamente resolutos do que fazemos.

Em muitos casos, encontramos este tipo de decisão que nos traz tristeza, em relacionamentos interpessoais. Por exemplo, duas pessoas conhecem-se profissionalmente, criam um laço de amizade, mas uma delas afasta-se e a outra também se decide afastar. Esta última, concorda mentalmente com o afastamento, mas o seu coração está cheio de dúvidas “porque isto acontece?”, “mas se dei tudo, por que me faz isto?”, “mas que idiota”… e da interrogação, podemos passar à raiva, mas tudo porque estamos apegados e este apego surge porque não estamos em paz e coerência entre o que pensamos e sentimos.

Num relacionamento amoroso, podemos encontrar a mesma decisão indecisa. Uma das partes termina a relação porque acha que nada mais há a fazer e, mesmo separados, sempre a dor por ainda gostar do outro. Pensamento e sentimento não estão em concordância.

Como a prática de Reiki te pode ajudar numa decisão

Não existem decisões melhores ou piores, mas existem decisões conscientes e inconscientes. Observando a nossa vida, vemos que muitas das nossas decisões são inconscientes e quando as reavaliamos, inúmeras vezes nos surge a tristeza.

A falta de coerência entre mente e coração é também um momento inconsciente, ou seja, não estamos totalmente cientes do que fazemos.

Então, vamos trabalhar os cinco princípios para trazer ao nosso consciente a decisão que temos a tomar e encontrarmos coerência no que temos a fazer. Lembra-te que estes princípios precisam ser realizados no momento presente, com uma atitude plena e consciente.

  1. Harmonia

    O que eu quero?
    Como quero?
    O que posso fazer para que assim seja?
    Estas são questões que precisamos ter como resposta clara e serena. Se a mente e o coração estiverem serenos com as respostas, então, para este momento de vida e momento de consciência, estaremos no caminho correto.
    A vida não deve ser construída em disrupção, mas sim em harmonia, mesmo que haja separação.

  2. Autoconfiança

    Se és o teu maior amigo, se tens o apoio de ti mesmo, então tens autoconfiança. Se te boicotas e falas mal de ti próprio, então és o teu maior inimigo.
    Teres pensamentos de acordo com os teus sentimentos é construires uma maior autoconfiança e amizade contigo mesmo.

  3. Aprendizagem

    O terceiro princípio fala-nos de gratidão e ela surge, não só com a manifestação dos bons momentos, mas também dos maus momentos. Esta gratidão ajuda-nos a compreender que tudo pode ser uma aprendizagem incrível para a nossa vida.

  4. Diligência

    Adiar uma decisão é como nos adiarmos a nós próprios. Tudo deve ser no tempo certo, mas fugir a uma decisão significa incoerência e é essa mesma que deves procurar e tratar.

  5. Bondade

    Quando a tristeza toma conta de nós por uma decisão, há uma lição a tirar daí – que lição é essa?
    Sermos bondosos connosco é essencial para sermos bondosos para com o próximo. Uma decisão tomada só com o coração, terá raizes fracas e frutos fracos, mas quando mente e coração falam como um só, será bom para todos.

As nossas decisões vão sendo construídas pelas histórias que vamos criando ao longo da vida. Muitas vezes, precisamos mudar a forma como criamos histórias e devemos encarar isso como um crescimento, não como uma derrota. Quanto mais aprendemos sobre nós próprios e mais fazemos por estarmos conscientes, mais cultivamos uma vida pacífica para nós próprios e até para os outros.

Tudo precisa do esforço do momento presente e com atenção plena.

Designer, Mestre, Terapeuta de Reiki, Presidente da Associação Portuguesa de Reiki e fundador da Ser - Cooperativa de Solidariedade Social. Autor dos livros «Reiki Guia para uma Vida Feliz», «O Grande Livro do Reiki», «Reiki Usui», entre muitos outros. Fundador da revista "Budismo, uma resposta ao sofrimento". Acima de tudo quero partilhar contigo o porquê de Reiki ser a «Arte Secreta de Convidar a Felicidade».

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