
Fazer os três níveis de Reiki de uma só vez ou em dias seguidos
Os três níveis de Reiki, em japonês, são chamados de Shoden, Okuden e Shinpiden. Após o Shinpiden, o nível 3, o praticante pode optar por desenvolver os seus conceitos da prática e aprender como ensinar os outros, a isso é chamado de Gokukaiden.
Cada nível tem um ensinamento próprio e o seu tempo está muito dependente de cada Mestre, mas o que se aprende com Reiki?
Os três níveis de Reiki de uma só vez ou o tempo necessário de aprendizagem
Shoden, os primeiros ensinamentos é a aprendizagem do que é o método Usui Reiki Ryoho, a sua filosofia de vida, o sentir da energia e como aplicar Reiki em nós próprios e naqueles que nos são próximos. Em quanto tempo conseguimos aprender e praticar?
Okuden, os segundos ensinamentos, representa uma continuação natural do primeiro nível e é uma etapa onde aprendemos a distinguir melhor as várias características da energia, a realizar um tratamento à distância e a aprofundar as técnicas que nos ajudam a mudar os nossos hábitos e atitudes. Aqui também aprendemos a aplicar Reiki a outros e a desenvolver o voluntariado.
Shinpiden representa os ensinamentos “misteriosos”, não porque são estranhos, mas sim porque são profundos sobre nós próprios. Neste nível trabalhamos em profundidade as nossas questões e podemos ainda aprender a tratar os outros de forma profissional, o que poderá ser útil até mesmo para desenvolver os conceitos de voluntariado.
Se pensarmos que cada curso pode ter uma duração de seis meses de aulas, com prática em casa, então estaremos a falar de uma média de 180 dias de vivência em determinada aprendizagem.
Se fizermos os três níveis seguidos dentro desse processo, estaremos a falar de cerca de 540 dias.
Reiki é uma vivência e não apenas o escutar de uma transmissão de ensinamento. Precisamos escutar e depois praticar. Precisamos ser acompanhados na nossa prática, para verificar como executamos e exprimirmos as nossas questões.
Como se ensinavam os três níveis de Reiki antigamente?
Não temos uma indicação clara de como eram os níveis de Reiki transmitidos no tempo do Mestre Usui, pois era uma vivência contínua e os alunos progrediam consoante as indicações do Mestre Usui, escolhendo ele apenas alguns para concluirem todos os ensinamentos do seu método.
Com o Mestre Hayashi sabemos que muitas vezes juntava o nível 1 e o nível 2 em seminários consecutivos, que depois teriam encontros regulares de grupo mensais, mas também que os mesmos alunos iriam repetir esses níveis para progredir passo a passo. Algumas mudanças foram feitas, principalmente, quando viajou para o Havaí. Lá mudou o tempo dos seus seminários para que pudesse chegar ao maior número possível de pessoas. Ao invés de ser um dia inteiro, passou a ser ao final do dia.
Após a segunda guerra mundial, a Mestre Takata retomou o ensino de Reiki, ao qual chamava Usui Shiki Ryoho. Em alguns casos ela fazia o nível de Reiki num fim-de-semana, devido à deslocação a grandes distâncias. Assim se chegou à prática comum na América, América Latina e Europa, de se aprender Reiki num só dia ou fim-de-semana.
Mas, hoje em dia, o que procuramos verdadeiramente?
Um ensino que nos auxilie a viver melhor, com mais qualidade, transformando a forma como somos e, para isso, sabemos que precisamos de tempo.
Hoje existem em Portugal muitos Mestres de Reiki que têm vindo a ensinar a prática com acompanhamento ao longo do tempo, ajudando os seus alunos a alcançar os melhores resultados para si e para os outros, pois se um praticante quer auxiliar o próximo precisa estar ciente que tal é uma grande responsabilidade, as suas ações terão as suas consequências.
Praticamos Reiki para a melhoria do corpo e da mente, como indicava o Mestre Usui e isso requer tempo e acompanhamento. É claro que cada mestre opta por si o seu sistema de ensino, muitas vezes fazendo como viu fazer, por isso não há o que criticar. No entanto, ao ensinar, precisamos escutar as necessidades de quem aprende. Tudo muda e melhor ainda se for para o crescimento de todos.
Reiki não é um movimento espiritual ou uma medicina, mas é um método que nos ensina a viver trazendo ao de cima tudo o que temos de melhor.

