
Esclarecimento ao artigo Reiki: Vamos lá falar dessa palhaçada…
A 6 de Setembro de 2019, o Dr. João Júlio Cerqueira, através do site scimed.pt, publicou um artigo intitulado “Reiki: Vamos lá falar dessa palhaçada…”. O Dr. João Júlio Cerqueira é Médico Especialista em Medicina Geral e Familiar e Médico Especialista em Medicina do Trabalho, além da criação de uma empresa e de lhe ser atribuído o prémio João Cordeiro – inovação em Farmácias (2015), é um defensor do método científico e na medicina baseada na evidência e desde 2013 que se dedica ao estudo e refutação científica das medicinas alternativas. Poderão ainda patrocinar o trabalho do Dr. João Júlio Cerqueira, através do Patreon.
Publicar um esclarecimento sobre este artigo levou-me a alguma reflexão, principalmente depois de ler as respostas que o Dr. João Júlio Cerqueira deu aos comentários feitos relativamente ao artigo e a alguns termos usados no artigo. Tentarei auxiliar o esclarecimento de vários pontos do artigo, que poderão estar incorretos no que toca à prática de Reiki e dos seus benefícios. Peço-te que leias tranquilamente, sem juízo de valores e com o devido respeito pelo Dr. João Júlio Cerqueira e a sua opinião pessoal.
Reiki: Vamos lá falar dessa palhaçada… – Um artigo que requer esclarecimentos?
Existem várias formas de comunicação, assim como existem várias abordagens aos temas e a competência para falar sobre eles. Por exemplo comunicar de uma forma clara, respeitosa e acessível ajuda-nos a compreender melhor as questões e a ultrapassar barreiras linguísticas, mas também ajuda a ultrapassar processos e dificuldades culturais. Sobre a competência, não basta estudar para compreender, não basta trabalhar para se ser.
Tentar esclarecer este artigo poderá parecer algo quixoteano ou como diz o próprio autor, “falar para paredes”. Algo que merece realmente reflexão é o que se faz pela qualidade de vida de quem está doente, o respeito que se tem por todos, por tudo e a aprendizagem com as lições do passado no que toca a rigidez de pensamento e à evolução da condição humana.
Pois é…neste artigo vamos falar da palhaçada que é o Reiki. Reparem…já escrevo no blog há mais de dois anos e ainda não tinha falado sobre o Reiki (excepto, de modo tangencial, quando falamos de “cérebroterapia”). E porquê? Porque entramos no reino do esotérico, da neo-religião, onde falar de ciência tem zero interesse perante uma das práticas mais implausíveis do mundo alternativo. Só com uma grande incapacidade de compreender o mundo em que vivemos associado a fortes crenças espirituais permite acreditar que umas mãozinhas a pairar sobre o corpo de um doente vai tratar alguma doença. Isto está ao nível do criacionismo, da Terra plana e dos Chemtrails. Temas que nunca peguei porque, quando chegamos a este ponto, tenho sérias dúvidas que valha a pena falar de estudos científicos, factos, realidade objetiva. É como tentar lidar com um delírio intratável, completamente inabalável pelos factos. É falar para paredes. É pregar aos peixes.
A maior parte dos praticantes de Reiki não procura explicações científicas sobre Reiki pois muitas das suas questões e sentido de vida não o requerem. Uma grande parte da nossa vida e das nossas interações sociais não são feitas de comprovação científica, no entanto, todos nós sentimos o que o rancor, a amargura, nos podem fazer. Muitos sentem o peso do seu dia-a-dia que se exprime em ansiedade e até muitas vezes em depressão. Sobre as emoções até há um estudo bastante interessante que as mapeia no nosso corpo, mas até esse pode ser indicado como tendo uma pequena amostra, pois a amostragem é tudo.
No entanto, sobre sobre a dor e ansiedade, existem vários estudos, como Effect of Reiki therapy on pain and anxiety in adults: an in-depth literature review of randomized trials with effect size calculations (2014). Também um estudo interessantíssimo de 2016, realizado com mulheres com doença oncológica – An exploratory study of reiki experiences in women who have cancer. Ou um estudo também de 2016 com Reiki e Yoga no tratamento de pessoas no pós doença oncológica – Perceived relaxation as a function of restorative yoga combined with Reiki for cancer survivors.
Mas…dado que até a Bastonária da Ordem dos Enfermeiros apoiou a utilização de Reiki como “complementar à enfermagem tradicional”, convém percebermos do que se fala.
A doença não é apenas a ausência da saúde, não é apenas um dado estatístico ou um receituário, a doença existe numa pessoa e é a pessoa que é importante, é ela que perde a sua condição de saúde e é o que ela deseja retomar. Em várias condições de doença, surge um sofrimento atroz, a compaixão e bondade que residem inatas em cada profissional de saúde pode levá-los a querer encontrar as várias respostas que auxiliem a pessoa a reencontrar o seu equilíbrio e harmonia. Há um trabalho muito interessante na área do voluntariado para pessoas com doença oncológica – Integrative Reiki for cancer patients: a program evaluation (2014).
Tentar encontrar respostas integrativas para o bem estar da pessoa, para o auxílio dos próprios profissionais de saúde a executar o seu trabalho, não é algo de leviano, mas sim de uma grande humanidade. Vamos observar o Juramento de Hipócrates (2017).
COMO MEMBRO DA PROFISSÃO MÉDICA:
PROMETO SOLENEMENTE consagrar a minha vida ao serviço da humanidade;
A SAÚDE E O BEM-ESTAR DO MEU DOENTE serão as minhas primeiras preocupações;
RESPEITAREI a autonomia e a dignidade do meu doente;
GUARDAREI o máximo respeito pela vida humana;
NÃO PERMITIREI que considerações sobre idade, doença ou deficiência, crença religiosa, origem étnica, sexo, nacionalidade, filiação política, raça, orientação sexual, estatuto social ou qualquer outro fator se interponham entre o meu dever e o meu doente;
RESPEITAREI os segredos que me forem confiados, mesmo após a morte do doente;
EXERCEREI a minha profissão com consciência e dignidade e de acordo com as boas práticas médicas;
FOMENTAREI a honra e as nobres tradições da profissão médica;
GUARDAREI respeito e gratidão aos meus mestres, colegas e alunos pelo que lhes é devido;
PARTILHAREI os meus conhecimentos médicos em benefício dos doentes e da melhoria dos cuidados de saúde;CUIDAREI da minha saúde, bem-estar e capacidades para prestar cuidados da maior qualidade;
NÃO USAREI os meus conhecimentos médicos para violar direitos humanos e liberdades civis, mesmo sob ameaça;
FAÇO ESTAS PROMESSAS solenemente, livremente e sob palavra de honra.
Juramento de Hipócrates, declaração de Genebra, 2017
O juramento de Hipócrates, com algumas alterações realizadas em 2017, mostra os vários pontos que abordo ao longo deste artigo de esclarecimento. Este é um juramento que aborda por várias vezes a necessidade de respeito, humanidade, dignidade e bondade.
Observando esta base da prática deontológica médica, compreendemos a grande humanidade que é basilar no espírito dos profissionais.
O que é o Reiki
O Reiki é uma forma de “cura energética”, inventada e popularizada pelo japonês Mikao Usui (1865-1926), um monge budista. Curiosamente, Usui morreu com um AVC aos 61 anos…pelos vistos a grande espiritualidade e a prática apurada do criador de Reiki não foi suficiente para o salvar de doenças mundanas, nem sequer promover a sua longevidade.
Reiki, a forma abreviada de representar o método – Usui Reiki Ryoho, não é uma forma de “cura energética”, mas sim um método para a “melhoria do corpo e da mente”. E o que está na base deste método – uma filosofia de vida que visa o nosso comportamento. Aqui sim, aliado a uma prática de autocuidado, que pode também ser aplicado no cuidado a outros.
‘Rei’ significa espírito universal (às vezes considerado um ser supremo) e ‘ki’ será a energia vital universal.
Rei 靈 e Ki 氣 em conjugação, não podem ser lidos literalmente, assim como Rei nada tem a ver com “ser supremo” (???) ou “espírito universal” (???). Representa sim, um tipo de energia que representa a energia vital presente em tudo o que existe. Uma pedra emana uma determinada energia, um órgão a mesma coisa, poderíamos ver Reiki como a energia presente em todas as coisas que mantém a coerência da harmonia e equilíbrio de um sistema.
O Reiki é amplamente baseado em alguns dos conceitos obsoletos da Medicina Tradicional Chinesa. Os praticantes de Reiki acreditam que podem transferir “energia de cura” para um doente que, por sua vez, estimula as propriedades de autocura do corpo. Segundo os praticantes, os efeitos terapêuticos dessa técnica são obtidos a partir de uma “energia vital universal” que fornece força, harmonia e equilíbrio ao corpo e à mente. É pena que o conceito do “vitalismo” já tenha sido desfeito há séculos, essa crença que os seres vivos têm uma “força vital”, uma “energia” que os separa dos objetos inanimados. Também é pena que nunca ninguém tenha encontrado essa “energia vital universal” que percorre o Universo.
Reiki não advoga o vitalismo, tal como explicado anteriormente, colocar essa conotação é como dizer que Reiki é do movimento New Age.
Mas é importante salientar que o Reiki, ao contrário do que os apologistas por vezes vendem, não foi inventado como uma prática para “melhorar a qualidade de vida”. Foi inventado para tratar doenças. Aliás, o International Centre for Reiki Training refere o seguinte:
“O Reiki é poderoso e gentil. Na sua longa história de uso, ajudou a curar praticamente todas as doenças e lesões conhecidas, incluindo problemas sérios como: esclerose múltipla, doenças cardíacas e cancro, além de problemas de pele, cortes, contusões, ossos fraturados, dor de cabeça, constipações, gripes, dor de garganta, queimaduras solares, fadiga, insónia, impotência, falta de memória, falta de confiança, etc. É sempre benéfico e trabalha para melhorar a eficácia de todos os outros tipos de terapia. Um tratamento é sentido como um maravilhoso brilho radiante e traz muitos benefícios tanto para o cliente como para o praticante, incluindo estados alterados de consciência e experiências espirituais…O Reiki melhorará os resultados de todos os tratamentos médicos, reduzindo os efeitos colaterais negativos, diminuindo o tempo de cicatrização, reduzindo ou eliminando a dor, reduzindo o stress e ajudar a criar otimismo.”
Essa é uma opinião muito particular de William Lee Rand, principalmente baseada na sua experiência pessoa. É interessante observar que indica “ajudou” e não “curou”, pois a prática de Reiki é sempre tida como complementar e nunca com promessa de cura. William Rand também fundou o Center for Reiki Research, o qual tem vindo, ao longo do tempo, a coletar e interpretar estudos sobre Reiki. Até ao momento têm 85 estudos comparados, incluindo o estudo da Enf. Zilda Alarcão. Têm também uma vasta lista de Hospitais, categorizados sobre a especialidade de tratamento Reiki. Este é também um trabalho que a Associação Portuguesa de Reiki tem vindo a fazer com a sua Comissão de Estudos das Práticas Integrativas.
Portanto, é bom que esta noção (ou falta de noção) por parte dos promotores do Reiki fique clara. Eles acreditam que ajudam a curar/tratar doenças. O que é falso.
Quando o ensino é corretamente transmitido, o que nos importa é o saber cuidar de nós próprios, o conseguir escutar as nossas necessidades e questões e endereçá-las aos profissionais de saúde competentes. Quando aplicamos Reiki a outros, apenas estamos a seguir a mesma motivação – auxiliar no equilíbrio e harmonia da pessoa, auxiliar a uma tomada de consciência da sua condição e em caso de doença, conseguir procurar o profissional de saúde competente. Como temos muito voluntariado com seniores, há um trabalho que mostra minimanente o que fazemos: Effects of Reiki on anxiety, depression, pain, and physiological factors in community-dwelling older adults.
Numa sessão tradicional de Reiki, o cliente deita-se ou senta-se totalmente vestido. As mãos do praticante são colocadas levemente sobre ou logo acima do corpo do cliente, com as palmas para baixo, usando uma série de 12 a 15 posições. Cada posição é mantida por cerca de 2 a 5 minutos ou até o praticante sentir que o fluxo de energia – que descreve como sensações de calor ou formigamento nas mãos – diminuiu ou parou. As técnicas incluem “centralizar”, “limpar”, “irradiar”, “extrair energias nocivas”, “infundir” e “limpar a aura”, que alegadamente influenciam a “energia” imaginária que o Reiki promove. O Reiki também pode ser auto-administrado ou administrado a outras pessoas em locais distantes.
Está uma caracterização generalizada e muito bem feita da prática de Reiki, no entanto há um conceito incorreto – “energias nocivas”. Talvez o mais correto seria abordar o tema como o desequilíbrio e desarmonia que esteja nesse local.
Observando então os estudos académicos, apenas posso aconselhar uma leitura importantíssima, como é o caso de “Non-Locality changes in intercerebral theta band coherence between practitioners and subjects during distant Reiki procedures“, da prof. Anabela Ventura, que nos trará alguma reflexão.
Alguns praticantes dizem que “guias espirituais” os ajudam a produzir o fluxo adequado de energia. No Ocidente, os terapeutas gostam muito dos Arcanjos Miguel, Rafael, Gabriel e Uriel para os ajudar na irradição de energia. Obviamente que isto é uma Ocidentalização de um prática Oriental recorrendo a conceitos religiosos por questões de familiaridade, por forma a tornar mais fácil a difusão da treta pelos New-Agers ocidentais.
Infelizmente são aculturações que nada têm a ver com os ensinamentos originais. O Dr. João Júlio Cerqueira apontou corretissimamente ser uma “ocidentalização”, por “questões de familiaridade”. Esta é uma chamada de atenção que temos feito desde há muitos anos para não misturar Reiki com crenças pessoais, pois é a pessoa que tem a crença, não o Método.
Resumindo: Existem, hoje em dia, pessoas que acreditam que colocando as mãozinhas sobre o corpo de outra pessoa vão conseguir ajudar a curar doenças. O equivalente a ter 20 anos de idade e acreditar que, se treinar o suficiente, vai conseguir transformar-se em Super-Guerreiro e fazer um Kamehameha concentrando a energia nas mãos. Existem também pessoas que acreditam que colocando o seu nome, data de nascimento e outros dados inúteis numa página de Facebook alguém no Brasil ou em Cascos de Rolha vai conseguir “enviar energias positivas” e ajudá-la a tratar as suas maleitas. Por um lado sinto pena destas pessoas, pela necessidade que têm de se agarrar a estes esoterismos. Por outro lado,tenho vontade montar uma página dessas, inventar um guru indiano em contacto com os Arcanjos da Terra Nostra e começar a cobrar por essas “energias positivas”. Dinheiro fácil, que merece tanto quem o ganha como merece perdê-lo quem o entrega.
Felizmente, hoje em dia, cada vez mais pessoas praticam Reiki para a mudança de si mesmos, da sua consciência e forma de estar na vida, não para “curar” os outros, algo que era muito comum nas aprendizagens dos anos 80 e 90 do mundo ocidental. Sobre o envio de Reiki à distância reforço a leitura do estudo da Drª. Anabela Ventura.
A ciência do Reiki
Começamos em 1998, com o caso Emily Rosa. A menina de 9 anos que, basicamente, “destruiu” o toque terapêutico. Para quem não sabe, o toque terapêutico é semelhante ao Reiki. Também é uma “terapia energética” baseada no vitalismo e na capacidade de transferir energia do terapeuta para o doente. Também tem bases na Medicina Tradicional Chinesa e ambas podem ser aprendidas num fim-de-semana. Sim…estas técnicas místico-mágicas de canalização de energia são aprendidas num fim-de-semana. Não precisam de vários anos de treino, como o Son Goku, para aprender o Kamehameha reikiano. Claro que para ser mestres da treta precisam de investir mais uns anos mas para desbloquear o terceiro olho, um fim-de-semana é o suficiente.
O Toque Terapêutico foi criado por Dolores Krieger e Dora Kunz como uma forma contemporânea de tratamento do campo bioenergético e com algumas bases na prática de Reiki. Sendo um método diferente da prática de Reiki, não o poderei comentar, deixo isso a cargo dos seus praticantes. No entanto, o comentário do Dr. João Júlio Cerqueira toca um ponto muito importante – o tempo de treino, de prática, de vivência. Este sim é um tema que requer muita reflexão e quem pratica Reiki compreende claramente que este é um método para a vida.
Aqui também encontramos um termo inadequado – o vitalismo. A prática de Reiki não defende o vitalismo, creio que deve ter sido um equívoco, mas sim que tudo é composto de energia, um tópico que algumas vertentes de investigação tentam compreender melhor (Kavita Beri; Funk RH, Monsees T, Ozkucur N.; Beverly Rubik, David Muehsam, PhD, Richard Hammerschlag e Shamini Jain).
De qualquer forma, Emily Rosa, desenhou um estudo baseando-se na suposta capacidade dos praticantes de toque terapêutico serem sensíveis aos campos energéticos que circundam o corpo dos doentes. Então, pediu a vários praticantes que se sentassem numa mesa e colocassem as suas mãos através de aberturas feitas numa placa de papelão.
Do outro lado da placa, Rosa aleatoriamente selecionava em qual das mãos do praticante ela iria colocar a sua própria mão. Depois perguntava aos praticantes de que lado detetavam o campo energético (esquerda ou direita). Cada terapeuta fez dez tentativas. Acertaram onde estava a mão de Emily em apenas 44% das vezes, um resultado inferior ao que seria obtido pelo acaso! (Já que, à partida, existe 50% de hipóteses do terapeuta acertar).
Alguns participantes, antes do teste, examinaram as mãos de Emily e ela pediu que escolhessem qual das mãos eles achavam que produzia o campo energético mais forte. Rosa então usou aquela mão durante a experiência, mas os terapeutas não conseguiram melhores resultados. Esta experiência simples demonstrou que os praticantes do toque terapêutico não eram capazes de detetar a mão mais vezes que o previsto pelo acaso, concluindo que não existe suporte para as alegações sobre a capacidade de sentirem os campos energéticos. Campos que nunca se demonstrou existirem. O estudo foi publicado na revista JAMA, para quem quiser ler.
OK…podem dizer que o Toque Terapêutico e o Reiki são diferentes, porque usam posições de mãos diferentes e a filosofia não é bem a mesma. Têm razão. Então o que dizem os estudos sobre Reiki, em específico? A revisão mais extensa sobre Reiki foi feita por Edzard Ernst, publicada em 2008, concluindo que “as evidências são insuficientes para sugerir que o Reiki é um tratamento eficaz para qualquer condição”.
Realmente o Toque Terapêutico e Reiki são práticas diferentes, com métodos diferentes e mesmo com objetivos diferentes. Tanto mais que Reiki não surgiu como algo direcionado aos profissionais de saúde.
Um estudo de 11 anos atrás poderá ter os seus resultados para a data, mas porque não ver o estudo Reiki Is Better Than Placebo and Has Broad Potential as a Complementary Health Therapy de David E. MacManus, de 2017?
Verificamos também que muitos dos estudos na área do Reiki são financiados por fundos públicos como a ex-NCCAM. E verificamos que esses estudos foram negativos ou então nunca chegaram, sequer, a ser publicados.
Corretíssimo para estudos nos Estados Unidos da América, mas há algo que pode diferenciar muito os estudos – os seus participantes praticantes. Este não é um argumento de desculpa, mas sim uma chamada de atenção pois quando se realiza um estudo sobre os efeitos de Reiki, deve haver uma selecção cuidadosa dos seus participantes. Algo que foi feito com o Prof. Luis Matos, com o seu trabalho Instrumental Measurements of Water and the Surrounding Space During a Randomized Blinded Controlled Trial of Focused Intention (2017).
Até a religião católica (os donos dos Arcanjos) se tentou afastar do Reiki e da sua ocidentalização quando em 2009, a Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos concluiu que “a terapia de Reiki não encontra apoio nem nas descobertas da ciência natural nem na crença cristã” e aconselhou os centros de saúde e o clero católico a não promover ou apoiar esta prática. Afirmou ainda:
“O Reiki não tem credibilidade científica. Não foi aceite pelas comunidades científicas e médicas como uma terapia eficaz. Faltam estudos científicos respeitáveis que atestem a eficácia do Reiki, assim como uma explicação científica plausível sobre como ele pode ser eficaz. A explicação da eficácia do Reiki depende inteiramente de uma visão particular do mundo, permeada por essa “energia vital universal” (Reiki), sujeita a manipulação pelo pensamento e vontade humanas. Os praticantes de Reiki afirmam que seu treino permite canalizar a “energia vital universal” que está presente em todas as coisas. Essa “energia vital universal”, no entanto, é desconhecida pela ciência natural. Como a presença dessa energia não foi observada por meio das ciências naturais, a justificação para essas terapias necessariamente deve vir de algo que não seja a ciência.”
Sim…eu também sou sensível à ironia de pessoas que acreditam num homem barbudo no céu que criou o Universo e comanda as nossas vidas, virem falar da credibilidade científica do Reiki. No entanto, o que eles dizem é verdade. Não há quaisquer provas que aquilo funcione nem que mecanismos usaria para funcionar. Sabemos que não é por radiação eletromagnética, já um estudo mediu os campos eletromagnéticos das mãos e do coração de três mestres de Reiki quando eles (a) não estavam a praticar Reiki, (b) supostamente estavam a transmitir energia a uma pessoa distante e (c) supostamente estavam a transmitir energia a uma pessoa na sala. Nenhuma radiação de alta intensidade atribuível ao Reiki foi encontrada.
O ser humano tende a agrupar-se pelos seus interesses e naquilo que acredita, quer seja religião, espiritualidade, futebol e mesmo ciência. Cada grupo tem uma explicação ou fundamento para a sua visão e missão, para o seu plano concreto de funcionamento. Quando se depara com aquilo que não se encaixa nos seus preceitos, reage. Ou compreende e integra, ou ajuda a desenvolver, ou tenta eliminar. Mas como cada grupo é composto por indivíduos, nem todos têm o mesmo caracter, o mesmo comportamento e pensamento. Por exemplo, no artigo “Politics of Divine Energy“, encontramos Reiki integrado na comunidade muçulmana de Java, mas será que é abrangido a toda a comunidade? Não, está essencialmente presente na comunidade Sufi. O mesmo se passa com comunidades católicas, uns integram, outros rejeitam. Quando encontramos mais de 100 instituições em Portugal onde é realizado voluntariado terapêutico de Reiki, pensamos nos benefícios para esses utentes e comunidades, não em evidências. Muitos desses projetos duram há anos, e porque será?
Seria muito interessante alguém se dedicar a um estudo sobre estes trabalhos e o feito nas suas populações, quem sabe até com as indicações do Dr. João Júlio Cerqueira, para garantir um apurado tratamento de dados e um processo correto.
Mas havendo tanta coisa contra Reiki, porque ele ainda continua a ser amplamente praticado, mesmo em Hospitais, como é o caso do University College Hospital Macmillan Cancer Centre, em Londres? Qual será a intenção de um Hospital de um Centro específico para tratamentos integrativos?
About the Integrated Cancer Care Service
Integrated Cancer Center Service.
The service is staffed by fully qualified doctors and health care professionals who also have additional training in complementary medicine.
They work within a multidisciplinary team and communicate with other clinical teams involved in the patient’s care.
The aims of the Integrated Cancer Care Clinic are:
To help patients make informed decisions about cancer treatments
in collaboration with their oncology and surgical teams.
To help patients manage side effects of their prescribed cancer
treatments.
To offer advice on strategies for physical and emotional
symptoms.
To give patients reliable, safe and up to date information about
complementary treatments.
To advise on possible problems when taking over-the-counter
herbs and supplements at the same time as cancer treatments.
We can contact your hospital pharmacy or oncology team on
your behalf.
Este objetivo do MacMillan Cancer Support parece ser algo de bastante humano e orientado à pessoa, auxiliando-a nas estratégias do seu tratamento, aconselhamento qualificado e profissional.
Mas não ficamos por aqui…uma Cochrane publicada em 2015, concluiu que existe evidência insuficiente que o Reiki tenha qualquer tipo de impacto na depressão e ansiedade, quando considerando os estudos de melhor desenho metodológico.
E sobre a dor? A última publicada em 2018 demonstra que o Reiki funciona na dor! Ou não…O problema é que o autor do estudo era muito nabo e não soube ler os resultados que encontrou. Um artigo aponta os erros básicos do autor na leitura da sua própria meta-análise que, surpreendentemente, chegou ao resultado contrário que o autor lhe atribuiu…o Reiki não funciona para lá do placebo no tratamento da dor:
“Lemos com interesse a meta-análise recentemente publicada em na Complementary Therapies in Clinical Practice sobre os efeitos do Reiki na dor. Gostaríamos de destacar que, com base nos dados publicados; o autor interpretou mal os resultados do estudo. O principal resultado medido neste estudo foi a alteração na escala VAS após o tratamento com reiki. Quando o grupo Reiki (n = 104) foi comparado com o grupo controlo (n = 108), observou-se uma diferença média padronizada de -0,927 (IC95%: -1,867 a 0,0124), que de facto representa um resultado não estatisticamente significativo (os limites de confiança incluem 0,0), ao contrário do indicado pelo autor. Novamente, o forest plot mostrado na figura 2 do manuscrito também representa um resultado não estatisticamente significativo. O autor falha repetidamente em interpretar corretamente o florest plot e indica que o Reiki causou uma diminuição estatisticamente significativa na pontuação da VAS, o que não está certo. Nesse caso, quando o diamante toca a linha vertical, o resultado geral (combinado) não é estatisticamente significativo. Isso significa que o resultado no grupo de Reiki é praticamente o mesmo do grupo controlo. (…) Infelizmente, os resultados mostrados são exatamente o oposto do que foi concluído pelo autor.”
Foi uma infelicidade do autor. Mas porque não pegar neste trabalho? Reiki Therapy for Symptom Management in Children Receiving Palliative Care: A Pilot Study, que apresentou bons resultados, ainda para mais no tratamento de crianças em cuidados paliativos e alargar o âmbito da pesquisa para ter mais informação e, quem sabe, validação?
Concluindo: em 2018 foi publicada uma meta-análise que demonstra que o Reiki não funciona. E isto apesar da dificuldade de estudar esta técnica, dado que é impossível ocultar o terapeuta da terapia que está a realizar e eliminar essa fonte de ruído/vieses. Mesmo assim, o Reiki não demonstra ser melhor que um placebo.
Vendo resultados interessantes nestes trabalhos, porque não continuar a sua pesquisa?
- Reiki therapy for pain, anxiety and quality of life (2019);
- Reiki for Pain During Hemodialysis: A Feasibility and Instrument Evaluation Study (2018/2019);
- The Power of Reiki: Feasibility and Efficacy of Reducing Pain in Children With Cancer Undergoing Hematopoietic Stem Cell Transplantation (2019).
Conclusão
Então…temos aqui uma prática capaz de envergonhar crentes em velhinhos barbudos no céu. Uma terapia oriental que foi ocidentalizada por questões de familiaridade, baseada no conceito de vitalismo já desfeito há séculos, que pressupõe a existência de uma energia vital que ninguém deteta, com transmissão de energia que ninguém consegue medir, com melhorias que ninguém consegue objetivar quando os estudos são minimamente bem feitos.
Percebem agora a vergonha que é falar disto? É muito mau.
Chegado ao fim deste esclarecimento sobre o artigo, apenas tenho a pedir desculpa ao leitor pelas minhas poucas capacidades de argumentação. Pessoalmente e vendo o efeito em centenas de pessoas, nada tenho a lamentar sobre Reiki e muito menos tenho vergonha da prática. Teria vergonha se não fosse uma prática humanizadora, se não tivesse ouvido à 10 anos atrás um senhor num centro de dia dizer que “senti uma grande humanidade”, após receber Reiki.
Estes artigos de opinião, como o do Dr. João Júlio Cerqueira – Reiki: Vamos lá falar dessa palhaçada…, serve como chamada de atenção, para nos mantermos sempre dentro daquilo que realmente é a prática de Reiki. Por isso, devemos sentir agradecimento por estes artigos e desejo que tudo o que escrevi seja lido de forma bondosa, pois foi essa a minha intenção.
Reiki não serve para substituir os profissionais de saúde, médicos, enfermeiros, psicólogos, são profissionais muito necessários para que nós possamos cuidar dos momentos de doença e neles sim, depositamos o ónus da cura.
A investigação científica, que tem vindo a trazer cada vez mais avanços aos protocolos de tratamento é necessária. Se Reiki tem vindo a auxiliar pessoas no seu bem-estar próprio e no de outros, valerá a pena investigar? Possivelmente sim, mas com que propósito?
Se vamos com a intenção de destruir, como construímos? Mas se vamos com a intenção de auxiliar a humanidade, o que daí poderá vir?
Termino com mais um estudo interessante, de 2018 – Effects of Reiki Versus Physiotherapy on Relieving Lower Back Pain and Improving Activities Daily Living of Patients With Intervertebral Disc Hernia.


24 comentários
Anti reilki
So lixo que profere. Mate.se
João Magalhães
Bom dia, muito obrigado pelo seu comentário pessoal.
Fátima Silva
As palavras más só espelham a doença da pessoa, que é infelizmente um desequilíbrio.
Agora as palavras que vêm por bem, revelam que a pessoa é uma bênção.
João Magalhães
Muito obrigado pelo teu comentário Fátima.
Ana Teixeira
O médico basicamente gozou com vocês. Ele tem formação para dizer o que disse, e pediu-vos provas. Vocês respondem com o mesmo tipo de resposta que pedir a uma velhinha para provar que existe Deus. Nenhum artigo científico mostra melhoria concreta em patologias usando Reiki. Quanto a ser usado em sítios como IPO e afins, só digo uma coisa: experimentem ser pacientes com patologias complicadíssimas e muitas terminais; se aparecer alguma alma penada a dizer que faz algo que ajuda, até à Maria Helena ligavam para ela vos ler as cartas. Aproveitarem-se de pessoas debilitadas ou com maior susceptibilidade para venderem a vossa banha da cobra é vergonhoso. Tal como acreditar na invenção de um japonês que estava com tempo livre a mais há um século e se lembrou de armar em alma superior.
João Magalhães
Bom dia, muito obrigado pelo seu comentário e crítica, pois são sempre necessários.
Praticamente muitos praticantes já foram pacientes ou até são, infelizmente em todos os setores da sociedade há quem engane os outros, não é verdade? E nos mesmos setores há quem se esforce muito para melhorar. Então a grande lição da vida é não colocar todos no mesmo saco, ou até talvez conseguir viver sem tanto julgamento, sentindo que se é superior a outros, nem ver o que se faz achando que os outros fazem o mesmo. Requer uma grande tomada de consciência poder viver um pouco mais em paz.
Reiki não é nem religião, nem movimento espiritual, para ter seguidores, tem sim praticantes e como o nome diz, é um esforço que se faz para praticar, para se poder ser um pouco melhor, a cada dia, dia-a-dia.
Pedro
Amigo, deixe se de tretas…ou pelo menos limite as tretas a si próprio e páre de enganar os outros, qualquer dia mata alguém por ausência de tratamento médico apropriado.
“Reiki cura cancros” – mas voces andam a fumar o quê??
Se começassem era a ir para a cadeia por cada doente que aparece nos hospitais em estados terminais porque andou a tratar o seu cancro com reikis e chas e homeopatias deixavam se rapidamente de ser charlatoes. Tenham vergonha na cara.
João Magalhães
Muito obrigado pelo seu comentário Pedro. Creio que possa ter havido um equívoco com o seu texto pois em lado algum, pelo menos do que eu publico está escrito “Reiki cura cancros”. Essa afirmação poderá levar ao erro de quem possa estar a ler. Da mesma forma que quem ja´tenha recebido reiki quer por voluntariado ou por consulta, recebeu todas as indicações para continuar o seu tratamento médico. Essas assunções sobre as ações dos outros podem ser precipitadas e mal informadas. De qualquer forma interpreto o seu comentário como sempre um aviso para o aspecto de uma terapia complementar.
Filomena Maria Viçoso Caetano
BOA NOITE JOÃO MAGALHÃES.
AO LER ESTE ARTIGO EM QUE UM MÉDICO , NÃO SÓ DESCREDIBILIZA O REIKI (ENERGIA UNIVERSAL,COMO TRATAMENTO ALTERNATIVO E COMPLEMENTAR AOS TRATAMENTOS CLÍNICOS) , COMO TAMBÉM O INSULTA (REFERINDO-SE AO REIKI COMO “PALHAÇADA”!…
– PORQUE SERÁ ESTA VISÃO TÃO IGNORANTE,TÃO OFENSIVA E TÃO CASTRADORA DESTE MÉDICO EM RELAÇÃO AO REIKI?!
-DÁ PARA SE ACREDITAR QUE UM MÉDICO IGNORE A COMPLEXIDADE DO SER HUMANO E DO SEU CORPO( REUNIÃO DE VÁRIOS CORPOS TAIS COMO:FÍSICO,EMOCIONAL,RACIONAL,ENERGÉTICO ,RELACIONAL,E…TALVEZ MAIS NUMA INCESSANTE DESCOBERTA VIA AO RUMO NORMALDA FINALIDADE DO CONHECIMENTO,NO SEU DEVIR CONSTANTE ?!
– OU SERÁ O “EMBLEMA” DE OMNIPOTÊNCIA E OMNICIÊNCIA QUE ESTA PROFISSÃO CARREGA DESDE LONGA DATA!…MINIMIZANDO-SE A NECESSIDADE E A VIRTUDE DE TODAS AS OUTRAS PEOFISSÕES…. TODAS ELAS INDISPENSÁVEIS À NOSSA SOCIEDADE ?!
-É MUITO SÉRIO E DÁ QUE PENSAR , SE TEREMOS QUE ACRESCENTAR MAIS REQUISITOS DE RIGOR ,EXIGÊNCIA E APELAR À RESPONSABILIDADE/AVERIGUAÇÃO SOBRE AS CAUSAS E NÚMERO DE MORTES DOS PACIENTES?!….TAL COMO EM QUALQUER PROFISSÃO SE AVALIA E RESPONDE PELOS INSUCESSOS…CERTO OU FALSO?!…
FILOMENA MARIA VIÇOSO CAETANO
João Magalhães
Olá Filomena, muito obrigado pelo teu comentário!!
CRISTINA CAMPOS
“Defensor do método científico e na medicina baseada na evidência. Dedicado ao estudo e refutação científica das medicinas alternativas desde 2013”
Isto diz tudo. Dizia um grande historiador perante a dúvida de um aluno que não conseguia encontrar provas para a sua teoria: “Find and focus, not focus and find” .
Neste caso, o Dr. João Júlio Cerqueira, usou o erro do “Focus and find” que compromete qualquer conclusão objectiva. O seu foco está em desacreditar qualquer coisa que não esteja provada pela ciência actual. Sendo que, se tomarmos como verdade absoluta qualquer coisa que seja, numa conseguiremos evoluir como seres humanos. Isto, a própria evolução da ciência já o provou vezes sem conta.
Deixo como exemplo António Damásio que quando questionado sobre a parecença entre as suas teses e a filosofia budista apenas respondeu , sorrindo, com toda a serenidade: “Desde que funcione, chamem-lhe o que quiserem, seja Budismo ou Neurociência, são estes os factos que recolhemos” A Manuel Damásio, uma vénia! A sua humildade permite-lhe estar sempre em constante aprendizagem, permitindo-lhe ser o neurocientista brilhante que é.
Portanto, uma mente aberta e disposta a aprender conseguirá mais respostas seja em que assunto for, do que o simplesmente a atitude de “isto é uma palhaçada” que terão ouvido Galileu, o Infante D. Henrique ou Einstein.
Obrigada por este artigo!
João Magalhães
Olá Cristina, muito obrigado pelo teu comentário e exposição.
António Pinho
Mt bom texto. Vou reler e guardar. É um bom ser humano, a ciência é uma parte da humanidade mas não é tudo. Há pessoas com problemas físicos que se forem prolongados no tempo podem gerar problemas emocionais. E há pessoas deprimidas que se isolam, param de viver e geram problemas físicos… É difícil entrar na nossa mente quando não deixamos.
João Magalhães
Olá António, muitíssimo obrigado pelo teu comentário!!
Fernanda Soares
Não será certamente por este médico ter esta opinião sobre Reiki que os praticantes baixem os braços ou atirem a toalha ao chão…
Assim como o médico não desiste da medicina quando não é capaz de curar muitos dos seus doentes.
A ciência não prova tudo. As consciências evoluem e o mundo pula e avança , incluindo o médico João Júlio Cerqueira .
João Magalhães
Olá Fernanda, muito obrigado pelo teu comentário.
Rosete
Olá
A fé cega na ciência parece ser a mesma que os antigos tinham em relação a um Deus a quem ofereciam sacrifícios para que as colheitas fossem abundantes.
Mas sabemos que a ciência não é a dona do conhecimento.
Ela não explica tudo o que existe, comete erros que por vezes são perigosos e como tal está constantemente a dizer e a desdizer se.
Para além disso se nunca ninguém viu a tal Energia,como diz o dr José Júlio Cerqueira, é caso para perguntar ao sr. Dr se conhece alguém que já tenha visto um eletrão de que tanto falam os físicos.
Trata se de uma entidade imaginaria uma vez que nunca foi diretamente observada.
Os físicos precisam de supor a existência do eletrão para explicar certos fenómenos, mas nunca o viram nem nada nos garante que tenha uma existência real.
João Magalhães
Bom dia Rosete, muito obrigado pelo teu comentário.
Hugo Silva
Obrigado por este artigo, João!
João Magalhães
Muito obrigado Hugo
Lu Soares
Muito grata João, por esta tua reflexão/ esclarecimento, que me ajuda a mim própria a também reflectir e a relembrar porque é que o Reiki me escolheu e me leva a pratica-lo diariamente.
Só por hoje sou grata _/\_
Um forte Abraço,
Lu Soares
João Magalhães
Muito obrigado Lu
Elisabete S.
Olá João,
Deparei-me também com este artigo do referido médico há duas semanas atrás, penso eu, mas não lhe dei muita importância porque de vez em quando alguém, independentemente de quem seja, decide opinar sobre o que não conhece e nunca experimentou e passo à frente.
Li por alto e como não me quis envolver e enervar não liguei. Cintudo, achei que, para um profissional de saúde, o referido dr. estava demasiado stressado e irritado e empenhado em “destruir” certos conceitos sobre esta terapia, que ele nao domina, e que pratico há 18 anos. Devo dizer que o reiki é exigente. Não o reiki propriamente dito, mas é uma terapia que exige disciplina, para obtermos resultados, conforme as situações que cada praticante precise de curar. A conclusão a que chego sempre é que sem os 5 princípios, que são a base do reiki, não se avança muito, e meditar neles deve ser diariamente / hoje, amanhã, depois.
A energia Reiki não se deixa afetar por opiniões, e estas são muitas, mundo afora, está acima de todas e como diz a expressão “os cães ladram e a caravana passa”.
Gostei muito do seu artigo, sempre esclarecedor e compassivo.
Bom Reiki!
Um Grande Abraço
Elisabete
João Magalhães
Olá Elisabete, muito obrigado pelo teu comentário!!!
Tudo de bom.