
Livre arbítrio – Reiki e pensamentos
Por vezes há um certo de receio de que a prática de Reiki possa interferir com o livre arbítrio de cada um. Este é um tema muito importante pois a liberdade individual e colectiva é muito importante. Para compreendermos corretamente este contexto, precisamos ter um entendimento claro do que é o livre arbítrio e do que é Reiki.
Como Reiki (não) influencia o livre arbítrio
O livre arbítrio é a capacidade que cada indivíduo tem de tomar decisões por si próprio, é ser o seu próprio árbitro, julgando cada situação segundo o seu próprio entendimento, assim como cada ação que faça. É uma decisão livre e sua, desapegada da ética ou moral. A ética e a moral farão parte da educação formal ou informal de cada indivíduo e através de valores e códigos de conduta, levarão a que tome consciência dos seus atos para que cada ação sua não seja contra a sua própria natureza ou bem estar comum.
Reiki é um método terapêutico natural, baseado na Energia Universal que tudo permeia, chamada de Reiki em japonês. É um método fundado sobre uma filosofia de vida que incute valores que são como uma bússola para a vida do praticante. Neste método, o fundador, Mikao Usui, instituiu também uma missão:
A missão do Usui Reiki Ryoho é guiar para uma vida pacífica e feliz. Curar os outros, melhorar a felicidade dos outros e a sua própria.
Mikao Usui
Os praticantes de Reiki aprendem várias técnicas terapêuticas, incluindo o autotratamento, que é a técnica para tratarem de si mesmos e práticas de tratamentos a outros, que inclui técnicas como o envio de Reiki à distância, técnicas para o cultivar o pensamento positivo, a desintoxicação, entre muito outras.
Reiki é uma energia vital, a mesma energia que encontramos na natureza, nos nossos corpos, em tudo o que existe. O Mestre Usui indicava que:
Tudo no universo possui Reiki sem excepção alguma.
Mikao Usui
A energia vital é algo de passivo, nós não conseguimos empurrar vitalidade para ninguém, então, qualquer pessoa que queira receber Reiki, terá mesmo que o querer, consciente ou inconscientemente, ou seja, só mesmo ela poderá aceitar recebê-la ou não. Isto vai de acordo com o livre arbítrio de cada um, ou seja, cada pessoa é que decide por si mesma, tem em si essa única decisão. Se algo acontece que seja uma energia forçada, então não é Reiki, nada tem a ver com a nossa prática.
O próprio praticante tem então que estar regido por uma perspetiva clara do que é a prática – ele tem os cinco princípios e muitas indicações do Mestre Usui que o devem guiar sempre por um caminho correto, assim, o praticante sabe que nunca fará nada para alterar o comportamento da pessoa, mas sim para proporcionar boas condições à harmonia e equilíbrio para a vida da pessoa.
Há um exemplo muito claro que nos poderá ajudar a observar toda esta situação.
Imagina que estás dentro do combóio e vês alguém escorregar e cair para trás. O combóio vai partir, não podes sair. Algumas pessoas riem-se da situação porque é o que muitas vezes fazemos sem termos vontade, outros ficam muito preocupados, mas parados nos seus lugares e alguém vai ajudar presencialmente aquela pessoa (esperamos nós). Cada um deste tipo de pessoas tem um pensamento. Cada pensamento tem uma energia. Quando eu penso em alguém, essa energia é direcionada para a pessoa. Temos então vários tipos de energia direcionadas para a mesma pessoa, uns de preocupação, outros de nervosismo e sabemos lá mais que outros pensamentos. A pessoa recebe toda essa energia e será que essa energia afeta o seu livre arbítrio?
O praticante de Reiki faz o seguinte, pede para que a energia flua para a pessoa, para a sua harmonia e equilíbrio se assim for possível, ou seja, se for da condição da pessoa aceitar essa energia, ou se realmente a precisa. De que forma isto afeta o livre arbítrio da pessoa?
Preferes receber pensamentos dos outros ou Reiki?


Um comentário
claudio
Excelente. Todos os artigos são ótimos. Muito obrigado por me incluir.