
Aprender os níveis de Reiki com diferentes Mestres
Por vezes surge a questão se será positivo aprender cada um dos vários níveis de Reiki com diferentes Mestres, para experimentar diferentes abordagens e de facto, muitos praticantes seguem esse percurso, mas nem sempre vai ao encontro das suas necessidades ou até mesmo os Mestres de Reiki dão outro tipo de resposta.
Algumas reflexões sobre aprender níveis de Reiki com diferentes Mestres de Reiki
Thomas Edison dizia que “não há substituto para o trabalho árduo” e nos nossos cinco princípios, a filosofia de vida que nos orienta, também encontramos algumas reflexões que iremos abordar sobre o tema. Para que o tema possa ser o mais ilustrativo possível, vou tentar dar a abordagem do aluno e do Mestre, para que se possa compreender os vários ângulos.
Aprender Reiki começa pela razão de “porque quero eu aprender Reiki?”.
Esta é uma razão muito importante e que irá levar a pessoa ou à desilusão, muitas vezes por não encontrar uma mudança imediata ou então ao caminho que nos guia para “uma vida pacífica e feliz…“, segundo indicava o Mestre Usui. Para que isto não aconteça, a pessoa que procura a aprendizagem de Reiki precisa compreender que tudo leva tempo, que em primeiro lugar está a sua aprendizagem e crescimento pessoal, depois estarão os outros e o seu tratamento. A filosofia de vida precisa ser o pilar central, complementado pela prática terapêutica.
“Estou descontente com a aprendizagem e prefiro mudar”
Muitas vezes, tudo começa pela escolha de um Mestre de Reiki. Saber o que vai ser ensinado, de que forma, ao longo de quanto tempo, é importante. Também o diálogo é essencial, se o aluno não disse ao Mestre que algo está a falhar, então o Mestre não irá mudar, nem irá ajudar, por isso a comunicação é essencial, mas muitas vezes as pessoas preferem apenas mudar, como opção pessoal e isso é também válido.
“Fiz o nível 1 com um Mestre, mas agora quero fazer o nível 2 com outro”
Por vezes o praticante escolhe a passagem de nível para mudar de sistema de ensino e de Mestre. Também é uma razão válida.
Do ponto de vista do Mestre de Reiki que recebe a pessoa, existem alguns pontos que vão ser considerados:
- Que tipo de aprendizagem a pessoa fez?
- Durante quanto tempo?
- Que prática tem?
- Que sistema aprendeu?
- Como aprendeu os cinco princípios e se os pratica?
- Que sintonização recebeu?
Alguns Mestres de Reiki consideram que o aluno deve regressar ao nível 1 e recomeçar pelo seu sistema de ensino, para que aprenda tudo seguindo uma determinada linguagem, método e filosofia de prática. Outros Mestres respeitam o que foi ensinado e aceitam o aluno, muitas vezes fazendo um esforço extra para recapitular temas que este não tenha abordado na sua aprendizagem.
“Fiz o nível 1 e 2 com um Mestre, mas prefiro fazer o nível 3 consigo”
O terceiro nível é sem dúvida mais exigente porque irá levar o praticante ao campo possível de ser terapeuta de Reiki. Para esta passagem de nível, também o próprio praticante tem que ter consciência de:
- Que tempo praticou o nível 1 e o nível 2;
- O que praticou em cada nível;
- Se teve prática de voluntariado ou a outras pessoas no nível 2;
- Se está confortável com o desenho dos símbolos e os compreende;
- Se mantém uma filosofia de vida assente nos cinco princípios.
Também por estas razões, o Mestre pode pedir para retomar o nível 1, ou então pode aceitar o aluno, reforçando os conhecimentos, principalmente do nível 2.
Uma questão de compromisso
Como vês, a passagem dos níveis de Reiki com mudança de Mestre tanto pode ser possível, como pode ser opcional e deve sempre haver um respeito pelas decisões, quer por parte dos praticantes, quer dos Mestres.
Acima de tudo, devemos considerar o nosso caminho na prática de Reiki como sendo um caminho de aprendizagem com muita componente prática e que necessita de envolvimento, dedicação e compromisso. Assim, nunca se deve atalhar caminho, para se chegar a um objectivo, porque como diz o nosso provérbio popular, quem se mete em atalhos, mete-se em trabalhos. Assim como pagar por três níveis instantâneos não traz saber saber, nem saber fazer. Muitas são as reflexões que devemos tomar, mas podemos escutar os cinco princípios:
- Só por hoje, sou calmo – Aceito a minha aprendizagem ao longo do tempo e vou aplicando os conhecimentos em mim mesmo?
- Confio – Acredito na minha própria prática de Reiki e vejo os efeitos que tem em mim, sabendo que tudo leva o seu tempo?
- Sou grato – Agradeço à energia pelo bem que me traz, à sabedoria do Mestre Usui, aos ensinamentos que me foram transmitidos, a mim mesmo pela predisposição de praticar e aos meus colegas de prática?
- Trabalho honestamente – Sou verdadeiro no que faço e também diligente na minha prática?
- Sou bondoso – Encaro Reiki também como uma filosofia de vida e assim transformo-me para me conseguir relacionar melhor com os outros e com o mundo em que vivemos?
Aqueles praticantes que observam o seu saber e preferem repetir toda a prática novamente, mostram uma grande dedicação a si mesmos e compreendem as palavras do Mestre Usui quando este dizia:
O treino, de acordo com a lei natural deste mundo, desenvolve a espiritualidade humana. Quando te convenceres de que isto é ver- dade, o teu treino empenhado trará a unificação com o Universo. As palavras que falas e as ações que tomas tornam-se unas com o Uni- verso e trabalham sem esforço como o absoluto ilimitado. Esta é a verdadeira natureza do ser humano.
A prática de Reiki precisa ser feita de forma consciente, vivencial, com dedicação e com um propósito, verificando sempre, se vamos no caminho que nos guia para uma vida pacífica e feliz.


3 comentários
José Luís Marques
Obrigado João.
robsonristaudacunha
Olá, Mestre João. Se o aluno aprende o Nível I com um determinado mestre e os demais níveis (Nivel II, III-A e III-B) com outro, que linhagem esse, por sua vez, transmitirá aos seus alunos, quando mestre se tornar?
João Magalhães
Bom dia, será então a que tiver aprendido com o nível 3, pelo fim do ciclo dos símbolos.
tudo de bom,
João