Budismo

Contentamento – porque é tão importante

O contentamento é um pilar para o desenvolvimento da nossa autoconfiança e na confiança nos outros. É um mar de serenidade que nos preenche porque estamos preenchidos com o correto entendimento sobre a vida.

O contentamento é saber viver com equilíbrio entre aquilo que se tem e o que se necessita, é viver em consciência.

Partilho contigo algumas das palavras de sabedoria do Ven. Mestre Hsing Yun sobre o contentamento.

Como alcançar o contentamento com aquilo que temos

Como o desejo é incapaz de produzir satisfação, daí decorre que não podemos curar a nossa insatisfação através do desejo. A insatisfação deve ser superada pela sabedoria e pela ajuda aos outros. Se as nossas mentes têm por hábito saltar de desejo em desejo, temos de nos obrigar a reconhecer esta realidade e compreender o que estamos a fazer. Assim que a consciência se direciona para qualquer área da nossa vida, uma mudança a para melhor não estará muito longe.

O Sastra Mahaprajnaparamita diz-nos que uma forma de superar o desejo é perceber que os desejos precisam de uma semente interior e de um estímulo exterior. Estes dois aspetos andam a par e passo. Quando começamos a sentir um desejo impróprio, o sastra diz que devemos examinar a semente interior e o estímulo exterior. Em seguida, devemos considerar que são mutuamente interdependentes: não podem existir um sem o outro. Tendo compreendido isso, o sastra diz que devemos desprender-nos dos dois fatores imediatamente. O sastra indica que devemos eliminar a semente interior e, simultaneamente, afastar-nos do estímulo exterior.

Os desejos podem também ser superados tendo em conta as suas consequências, a quantidade de tempo que nos fazem desperdiçar, o seu vazio inerente e o tempo que nos roubam da tarefa muito mais importante de estudar o Dharma e de nos autoaperfeiçoarmos.

Sempre que superamos um desejo, sentimos um aumento de energia e compreensão. O nível da nossa consciência aumenta um pouco sempre que desviamos a nossa atenção de um apego inferior.

Se tiver experimentado as técnicas acima descritas e não tiver conseguido superar os seus desejos, deve redobrar os esforços para ajudar os outros. O bodhisattva ajuda-se a ele próprio sobretudo através da sua vontade de ajudar os outros.

  • Quando concentramos a nossa atenção mais nas necessidades dos outros e menos nos nossos desejos, estaremos a fazer muito para ver além da miragem ilusória da ganância e do desejo.
  • Quando procuramos um objeto de desejo, sofremos. Quando conquistamos um objeto de desejo, receamos perdê-lo.
  • Quando perdemos um objeto de desejo, ficamos muito perturbados.
  • Em qualquer uma destas instâncias, não há alegria.
  • Se todos os desejos causam este tipo de sofrimento, como podemos livrar-nos deles?
  • Podemos livrar-nos do desejo conhecendo as alegrias do samadhi através da profunda meditação.

Sastra Mahaprajnaparamita

Designer, Mestre, Terapeuta de Reiki, Presidente da Associação Portuguesa de Reiki e fundador da Ser - Cooperativa de Solidariedade Social. Proprietário e Editor Geral da Revista Reiki & Yoga. Autor dos livros «Reiki Guia para uma Vida Feliz», «O Grande Livro do Reiki», «Reiki Usui», entre muitos outros. Fundador da revista "Budismo, uma resposta ao sofrimento". Acima de tudo quero partilhar contigo o porquê de Reiki ser a «Arte Secreta de Convidar a Felicidade».

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