
A maior doença da humanidade é o sofrimento
Sabemos que o cancro tem proliferado, o alzheimer e demência igualmente, AVC também, mas a maior doença da humanidade é sem dúvida o sofrimento.
O sofrimento como a maior doença da humanidade
Não quero falar sobre a doença física ou mental, essa é do campo médico e nada tem a ver com a perspetiva holística da prática de Reiki. Mas quero falar sobre o desequilíbrio e desarmonia que surgem como condições numa pessoa e lhe trazem uma ausência de saúde e bem-estar.
O sofrimento pode vir de causas exteriores, como as condições de vida ou de causas interiores, como os pensamentos e emoções. O sofrimento pode depender da forma como a pessoa encara a vida, mas para que ela tenha essa capacidade tem que ter o espaço e tempo para viver. Dois factores que estão cada vez mais a ser colocados em causa.
Mais actividades, mais necessidade de resultados, mais estímulos, retiram-nos da capacidade de viver de forma mais serena. Assim, andamos sempre em corrida contra relógio e começamos a sentir pressão. Essa pressão vai aumentando com o tempo pois é cumulativa e chegamos a um momento em que… quebramos. Surge a ansiedade, o medo, os ataques de pânico, a depressão, a exaustão e muitas outras condições. Elas surgem de uma causa – o sofrimento que as condições exteriores nos causaram e também o sofrimento que nós mesmos nos impusemos ao não tomar o controlo consciente da nossa própria vida.
Se olharmos para muitas das nossas situações de sofrimento, veremos que não são apenas condições, o sofrimento interior, silencioso, é também a causa desse desequilíbrio que sentimos ou vivemos.
Como compreender o sofrimento
Cada pessoa tem uma forma muito própria de entender o que pensa e o que sente. Quando alcança a percepção e o sentir do sofrimento pode começar a virar-se para si mesma, a fechar-se em torno de uma situação central que requer resolução – tudo no seu universo de vida, pode tornar-se sofrimento.
Mas porque sofremos nós?
Vamos pensar no sofrimento como sendo uma insatisfação. Na verdade, sofrimento é causado por insatisfação, ou seja, há uma inquietude que nos leva a determinado comportamento, a determinadas opções. Há um vazio ou um excesso em nós que nos torna inquietos, insatisfeitos. É os horários das escolas, é o horário do trabalho, o salário, os jantares, o descanso que não chega, as férias que parecem distantes, o “amor” que se pensava ser de uma forma, mas que parece sempre se realizar de outra… Muitas e muitas coisas geram insatisfação e essa irá gerar sofrimento.
Como o sofrimento se torna a doença mais grave da humanidade
Vendo que o que causa sofrimento é a insatisfação e que esta pode vir de apegos como a ignorância, ou ausência de sabedoria, a ganância, ou falta de contentamento, a raiva, ou falta de de compaixão, compreendemos que muitos dos problemas dos nossos dias têm esta origem. É um trabalho muito simples que podes fazer… observa todas as questões que existem hoje no mundo e observa segundo este conceito de insatisfação/sofrimento… o que te parece?
Uma doença pode ser tratada por um médico, por muitos profissionais de saúde e tem havido muito progresso nesse sentido, felizmente. No entanto, falta a capacidade de saber resolver o sofrimento e esta é uma “doença” que cada vez mais se está a propagar. Ao invés de se ficar mais saudável com mais avanços tecnológicos, estamos cada vez mais doentes. Ao invés de termos mais tempo saudável, temos mais tempo de inquietude. Ao invés de vermos melhorias na humanidade, vemos o que vemos hoje em dia.
A procura para o alívio, a resolução do sofrimento é urgente. Uma das formas é a tomada de consciência, complementada pelo cultivo de valores humanos que nos permitam reconhecer a nós mesmos e aos outros como seres vivos que devem estar em harmonia.
Para querer deixar de sofrer, tem que se deixar de levar o sofrimento ao outro. Compreende as tuas insatisfações.

