
O trabalho de um terapeuta de Reiki
Recentemente tive a oportunidade de participar numa consulta de Reiki da minha mulher e é sempre tão gratificante ver os outros a trabalha e observar o que Reiki exige de nós e dá aos outros. Ser terapeuta de Reiki traz-nos então profundas reflexões. Ao observá-la, compreendi a grande necessidade que nos requer resiliência, honestidade e bondade.
Três pilares para um terapeuta de Reiki
A prática de Reiki é regida por cinco princípios. Eles são a bússola que nos orienta em todas as nossas acções e a forma que encontramos para que nos possamos guiar e guiar os outros para uma “vida pacífica e feliz“. Ao longo do nosso trabalho, vamos percebendo que muitas características têm que ser também cultivadas.
Resiliência
Cuidar dos outros e auxiliá-los ao longo de um percurso terapêutico traz duras lições. Muitos pensam que a vida de um praticante e terapeuta de Reiki é fácil, mas aqueles que se entregam a uma vivência genuína sabem que muitas situações são duras e que um grande esforço é requerido. Mais ainda, é-nos pedido uma entrega que requer profunda harmonia e confiança. Estas representam o primeiro e segundo princípio de Reiki que nos traz grande força interior. Por isso mesmo, o terapeuta de Reiki precisa cultivar em si a resiliência, a flexibilidade que nos transmite o bambu e a força interior que nos traz a montanha.
Honestidade
A honestidade vem do grande compromisso ao qual nos entregamos na prática de Reiki. Novamente, muitos pensam que Reiki é apenas por as mãos e qualquer coisa acontecerá. Ao longo do tempo perceberão que essa é uma grande ilusão. Reiki vai muito além disso. A verdade interior conjuga-se com o sentido da vida e assim compreendemos o quarto princípio de forma muito clara e profunda. A honestidade leva-nos a dizer quando não conseguimos ajudar, a honestidade leva-nos a trabalhar com cada vez mais diligência e não apenas como sendo algo que nos faz ser rotineiros. A honestidade vem conjugada com a gratidão. A grande gratidão de podermos entregar-nos a uma prática de transformação, que tem os seus limites para os outros, mas que para nós poderá ser ilimitada para o nosso crescimento interior.
Bondade
Quando a mente está vazia e o coração predisposto, encontramos o grande sentido da prática de Reiki. Uma mente vazia gera um coração compassivo e bondoso, esta é a verdade do quinto princípio e a grande necessidade que todos encontramos para a nossa vida – o de termos algo cada vez melhor em nós. O coração é como um jardim, é nele que nos recolhemos e é através dele que nos expandimos, recebendo os outros, com alegria e amor incondicional. Reiki pede-nos isto mesmo, o cultivo da bondade em nós mesmos, para nos momentos mais difíceis de receber os outros, o conseguirmos fazer com equanimidade, confiança e honestidade. A bondade é uma semente que demora a crescer, ela precisa de muitos nutrientes e da limpeza das ervas daninhas e pequenos venenos em nós presentes. Este é o percurso de uma vida. Ser terapeuta de Reiki pede-nos a incrível força de sabermos desapegar, ao mesmo tempo que cultivamos uma grande bondade nesse campo renovado do nosso coração.
Estes três pilares são o reflexo dos cinco princípios do Usui Reiki Ryoho. A prática não é simples, a vivência não é fácil, mas é isso mesmo que nos ajudará a crescer e a levar os outros para uma vida melhor.

