Um praticante de Reiki com Cancro – o que fazer
O cancro é uma doença aterradora, é uma espécie de fantasma que paira sobre todos e que quando surge traz um grande impacto na nossa vida. Tanto acontece a quem é muito saudável, como a quem não tem saúde alguma. Não escolhe idades nem escolhe religião ou cor. Naturalmente, também praticantes de Reiki são portadores da doença ou aqueles que têm a doença procuram o Reiki para se auxiliar no caminho para a cura.
O praticante de Reiki e a doença oncológica
Ainda existe alguma estranheza quando se questiona «como vou tratar alguém com cancro?» ou «será que uma pessoa com doença oncológica pode fazer Reiki?» e ainda «será que quem tem cancro pode fazer Reiki a outros?». Estas são questões muito importantes e devem ser esclarecidas.
Em primeiro lugar, devemos observar que o cancro deve ser encarado, à luz da prática de Reiki, como qualquer outra doença, para que não tenhamos medo, o que é bloqueador. Depois, lembrarmo-nos dos seguintes pressupostos:
- Todos convivemos com a possibilidade de saúde ou doença em nós;
- Podemos estar doentes mas essa doença não afectar a nossa forma de estar física, mental, emocional, energética ou espiritualmente;
- Podemos estar saudáveis mas emocional e mentalmente instáveis.
Tendo em conta estes pontos, ainda temos algo que a prática nos traz:
- O autotratamento permite-nos perceber os nossos desequilíbrios;
- Nem sempre temos a capacidade para sentir e compreender as causas e condições desses desequilíbrios;
- Nem tudo se resume à energia, há situações físicas, mentais e emocionais que devem ser tratadas nos especialistas próprios;
- Para praticar em nós, precisamos “sentirmo-nos” ligados à fonte. Este sentir é algo de interior, não é uma sensação;
- Para praticar nos outros, temos que sentir a ligação à fonte e um bem-estar e equilíbrio interior que permita a prática;
- Precisamos lembrar que mesmo a prática energética envolve a saúde, como tal, precisamos ter responsabilidade, alegria e confiança no que fazemos.
Todos estes pontos ajudam-nos, juntamente com os princípios, a compreender como estamos. Então, podemos avançar para os conceitos de autocuidado de um praticante de Reiki com doença oncológica.
- A prática regular do autotratamento permite o nosso equilíbrio, dentro da capacidade de cada um dos nossos corpos;
- Se o praticante vir que não consegue fazer autotratamento, além de falar com o Mestre, se ainda não está a receber Reiki, deve receber;
- Ao fazer o autotratamento, tentar imaginar que todo o corpo está em harmonia, vamos seguir aquela máxima de «onde está o teu pensamento, está a tua energia» e por isso vamos tentar criar condições positivas;
- Não é só o autotratamento eficaz mas também os cinco princípios. Desenvolver uma consciência, eliminar velhos hábitos e trazer mais leveza à nossa personalidade, ajuda-nos a lidar melhor com a desarmonia, adversidade e doença em nós.
A postura do praticante de Reiki perante a sua doença ou perante a doença de outro
O Mestre Fumio Ogawa dizia que o Mestre Usui dava a seguinte advertência aos seus alunos: «Hoje em dia a ciência médica desenvolveu-se de forma notável. Por isso não negligencies os cuidados médicos ou remédios e não os excluas. No entanto deves aplicar o tratamento a doenças incuráveis. Reiki pode curar todas as doenças. Por isso deves trata-las com o teu espírito puro e devotado ao tratamento. Há algo que a medicina ou as orações de uma religião não conseguem curar e tal é o fim natural da vida. A vida humana, independentemente de ser adulto ou criança, tem um limite. Isto é destino e tal não pode ser mudado. No entanto quando notares o destino de um cliente deves tratar a pessoa até ao final, bondosa e seriamente. Se o fizeres então o corpo poderá morrer em paz. Coloca-te em ação».
A Imperatriz Shoken, esposa do Imperador Meiji, dizia «Corta, se necessário, por meio de arbustos grossos, nós de silvas, espinhos entrelaçados, pois o caminho que é teu a seguir deve ser trilhado até ao fim».
Estes exemplos ajudam-nos a compreender a importância da persistência, de não desistir e viver sempre até ao fim. Tudo o que fazemos tem um impacto no universo, na vida, nos outros. É claro que é muito fácil falar, o difícil é concretizar mas este é um caminho que precisamos trilhar em conjunto.
Um comentário
Maria Filomena Franco de Almeida Pessanha Isidoro
Muito obrigada João Magalhães este é sem dúvida ” um caminho que precisamos de trilhar em conjunto” e para bem de todos