
A recolha do eu disperso, pela meditação
Por vezes ao meditar, sentimo-nos vazios por dentro. Este vazio é diferente de leves. Ele representa ausência, o que até nos pode levar a sentir que algo nos falta e pode mesmo faltar. A nossa energia dispersa-se na proporção do nosso pensamento e apego. Quando pensamos nesta e naquela pessoa, nesta e naquela situação, a nossa energia perde-se, dispersa-se e ficamos um pouco mais ausentes. Podemos até sentir coisas ou estabelecer ligações com essas pessoas e situações que nem sempre nos são benéficas.
É então conveniente fazermos, com regularidade, alguma meditação para verificar como está o nosso estado de «dispersão». Podes fazê-lo de uma forma criativa e simples:
- Senta-te confortavelmente e sente como estás interiormente, como fizemos na meditação «ao encontro de ti»;
- Durante algum tempo, deixa-te estar apenas no movimento ondulante da respiração;
- Quando quiseres, visualiza que à tua volta está uma cascata de energia, como se fosse feita de água muito pura, que tudo consegue limpar;
- Imagina onde a tua energia está dispersa;
- Uma a uma sente-a a regressar para ti, passando pela cascata para que seja limpa, entrando e preenchendo o teu corpo;
- Quando tiveres feito isso a todos os «bocados» de energia perdida, sente como estás;
- Se necessário, imagina que vais para dentro de uma cascata que te limpa exterior e interiormente;
- Quando quiseres terminar, agradece.
Sente como está o teu corpo e todo o teu ser, tenta compreender a diferença entre a energia dispersa e a tua energia totalmente em ti.

