Reiki

Reiki na deficiência – como fazer Reiki

A deficiência tem um âmbito muito vasto, por isso, neste caso, vamos observar o que o Reiki poderá fazer na pessoa portadora de um atraso mental grave. Em alguns casos, estas pessoas poderão ter também bastante agitação e alguma dificuldade motora.
O Reiki pode auxiliar, bastante, estas pessoas, auxiliando na sua qualidade de vida e, por consequência, ter um impacto benéfico também na vida daqueles que os acompanham, incluindo as instituições onde estejam. São várias as instituições que hoje em dia acolhem o Reiki para os seus utentes – Cerciama, Cercigui, QE, APACI, entre muitas outras, por todo o país. Quem desejar fazer Reiki a pessoas portadoras de deficiência, precisa também de ter o apoio destas instituições que compreendem melhor as necessidades que elas têm e muitas das vezes são dicas muito valiosas para a forma como devemos proceder no protocolo de tratamento e objectivos a alcançar.

As condicionantes

A aplicação de Reiki na deficiência tem algumas condicionantes que são muito importantes para o terapeuta/voluntário:
  • Capacidade de ser objectivo no seu trabalho;
  • Não esperar resultados;
  • Seguir as recomendações da instituição;
  • Flexibilidade nos tratamentos;
  • Cuidado com as posições ou contacto físico.

A aplicação de Reiki

Nos casos onde possa surgir alguma agressividade ou onde possam surgir comportamentos mais sensíveis para com o terapeuta, devemos reduzir as posições e trabalhar bastante com a intenção, com Reiki. O toque pode ter que ser substituído por colocar as mãos ligeiramente acima do corpo, entre os 5 e os 15cm, na forma que for mais confortável.

Quando a pessoa não puder estar na marquesa, trabalhamos apenas na cadeira e, novamente, flexibilidade nas posições.

Irão notar que fazer Reiki a uma pessoa com estas condições especiais não é o mesmo que fazer a um adulto, ou criança, a quem costumam aplicar Reiki. A energia emitida pelos chakras poderá não vos dar as percepções habituais. Em alguns casos sentirão o Reiki a fluir como se fosse por uma autoestrada, pois não existem questões emocionais e mentais como as que geralmente temos. Noutros casos, sentirão como uma espécie de salto ou interrupção na comunicação da energia, de chakra para chakra. Esses casos têm a ver com a própria deficiência.

Em muitos aspectos, o tratamento é feito como se fosse uma conversa, um diálogo interior entre nós, a energia e a Essência da pessoa que está a ser tratada. Gentilmente, devemos deixar a energia fluir, sempre com a intenção da harmonia e serenidade. Sabemos que a cura não está na nossa vontade ou na energia mas sim nas condições da pessoa. Por isso, deixamos apenas que a energia siga o seu percursos, com bondade e confiança.

A parte da objectividade e não expectativa de resultados é mesmo muito importante. Devemos apenas ter a postura do cuidador que, com amor incondicional, deixa fluir a energia, para harmonia e bem-estar da pessoa.

Leitura recomendada

Recomendo a leitura deste trabalho fantástico sobre a aplicação de Reiki em crianças com autismo, pela Marina Nunes, do Instituto Piaget, que pode ser lido no site da Associação Portuguesa de Reiki. Este trabalho recebeu o prémio Hayashi de Investigação Reiki:
SÓ POR HOJE… “É BOM ESTAR AQUI” – O IMPACTO DO REIKI NAS CRIANÇAS COM AUTISMO, Mestrado em Educação Especial, Domínio Cognitivo e Motor – Marina Alexandra Santos Nunes
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Recomendo também a leitura do Manual – Novos Olhares sobre a Deficiência da APD.

Designer, Mestre, Terapeuta de Reiki, Presidente da Associação Portuguesa de Reiki e fundador da Ser - Cooperativa de Solidariedade Social. Proprietário e Editor Geral da Revista Reiki & Yoga. Autor dos livros «Reiki Guia para uma Vida Feliz», «O Grande Livro do Reiki», «Reiki Usui», entre muitos outros. Fundador da revista "Budismo, uma resposta ao sofrimento". Acima de tudo quero partilhar contigo o porquê de Reiki ser a «Arte Secreta de Convidar a Felicidade».

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