Cinco dias de Mente Zen, Mente de Principiante
Mente Zen, Mente de Principiante é um conjunto de textos recolhidos e compilados por Marian Derby, discípula próxima de Suzuki-roshi (abade-mor). Estes textos vieram de pequenas palestras que o mestre fazia após zazen com os seus discípulos. Ao longo de cinco dias vamos trabalhar alguns dos ensinamentos de Suzuki e beber da sabedoria Zen.
«A prática da mente Zen é a mente de principiante. A inocência da primeira pergunta – o que sou eu? – é necessária em toda a prática Zen. A mente do principiante é vazia, livre dos hábitos do experiente, pronta para aceitar, para duvidar e aberta a todas as possibilidades. É um tipo de mente que pode ver as coisas como elas são, que passo a passo e num lampejo é capaz de perceber a natureza original de tudo.»
O Tao do Reiki – Cinco dias de Mente Zen, Mente de Principiante
Há uma história indiana de um homem que era ateu e agnóstico, um raríssimo tipo de postura na Índia. Ele era uma pessoa que desejava livrar-se de todas as formas de ritos religiosos, deixando apenas a essência da direta experiência da Verdade. Ele atraiu discípulos que costumavam reunir-se ao seu redor toda semana, quando ele falava a todos sobre seus princípios. Após algum tempo eles começaram a juntar-se antes do mestre aparecer, porque eles gostavam de estar em grupo e cantar juntos.
Eventualmente foi construída uma casa para as reuniões, com uma sala especial para o mestre agnóstico. Após a sua morte, tornou-se uma prática entre seus seguidores fazer uma reverência respeitosa para a agora sala vazia, antes de se entrar no salão. Em uma mesa especial a imagem do mestre era mostrada numa moldura de ouro, e as pessoas deixavam flores e incenso lá, em respeito ao mestre.
Em poucos anos uma religião tinha crescido em torno daquele homem, que em vida não praticava nada disso, e que, ao contrário, sempre disse aos seus seguidores que ficar preso a estas práticas levava frequentemente a pessoa a se iludir no caminho da Verdade.
“Tenhas confiança não no mestre, mas no ensinamento.
Tenhas confiança não no ensinamento, mas no espírito das palavras.
Tenhas confiança não na teoria, mas na experiência.
Não creias em algo simplesmente porque vós ouvistes.
Não creias nas tradições simplesmente porque elas têm sido mantidas de geração para geração.
Não creias em algo simplesmente porque foi falado e comentado por muitos.
Não creias em algo simplesmente porque está escrito em livros sagrados; não creias no que imaginas, pensando que um Deus te inspirou.
Não creias em algo meramente baseado na autoridade dos seus mestres e anciãos.
Mas após contemplação e reflexão, quando perceberes que algo é conforme ao que é razoável e leva ao que é bom e benéfico tanto para ti quanto para os outros, então o aceites e faças disto a base da tua vida.”
Gautama Buddha – Kalama Sutra