Reiki

A parábola zen e o Reiki

Do oriente chegam-nos sempre parábolas que nos levam a pensar e transformar a nossa forma de agir. Tem a ver com a contemplação, reflexão interior, alcance da consciência que foram tão desenvolvidas ao ponto de se tornarem formas de estar na sociedade, como por exemplo, a arte do chá ou a confecção de comida, como o sushi. Estas parábolas podem também nos ajudar, enquanto praticantes de Reiki ocidentais. Uma parábola extraordinária é a da chávena cheia.

Um professor foi do Mestre Nan-In, e fez-lhe perguntas sobre Buda, nirvana, meditação e muitas outras coisas. O Mestre ouviu-o em silencio e depois disse:
– Pareces cansado. Escalaste esta alta montanha, vieste de um lugar longínquo. Deixa-me primeiro servir-te uma chávena de chá.
O Mestre fez o chá. Fervilhando de perguntas, o professor esperou. Quando o Mestre serviu o chá encheu a chávena e continuou a enche-la. A chávena transbordou e o chá começou a cair do pires para a mesa, até que o seu visitante gritou:
– Pára. Não vês que o pires está cheio?
– É exactamente assim que te encontras. A tua mente está tão cheia de perguntas que mesmo que eu responda não tens nenhum espaço para a resposta. Sai, esvazia a chávena e depois volta.

Esvaziar a mente, apreciar o momento.
Esvaziar a mente, apreciar o momento.

O Mestre Usui dizia que devíamos só por hoje, sermos calmos. Só por hoje, já é o conselho do estar aqui e agora, no momento presente e calmo apela-nos à serenidade interior que tanto precisamos para viver em harmonia, connosco e com os outros. Pegando apenas neste primeiro princípio, observamos o paralelo com a parábola zen da chávena vazia. Se estivermos com a mente ocupada, com o coração preocupado, então não conseguimos atingir a atenção plena que precisamos para o momento. Escutamos mas não ouvimos, vemos mas não observamos, falamos sem ter mente e coração em sintonia.

Os princípios de Reiki apelam-nos à transformação à transformação interior, feita no momento presente, para um caminho de felicidade. Mas, no Reiki não necessitamos só de atenção plena nos princípios, também a própria prática terapêutica o requer. De pouco adianta deixar fluir Reiki em mim ou no outro, se não estiver ligado, vazio, sereno.

É importante esvaziar a chávena antes de qualquer acção. O momento presente, a atenção plena, requer disciplina e esta é alcançada com a prática. Reiki é também bondade. Faz a tua acção com bondade, tudo está interligado.

Designer, Mestre, Terapeuta de Reiki, Presidente da Associação Portuguesa de Reiki e fundador da Ser - Cooperativa de Solidariedade Social. Autor dos livros «Reiki Guia para uma Vida Feliz», «O Grande Livro do Reiki», «Reiki Usui», entre muitos outros. Fundador da revista "Budismo, uma resposta ao sofrimento". Acima de tudo quero partilhar contigo o porquê de Reiki ser a «Arte Secreta de Convidar a Felicidade».

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João Magalhães Reiki
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