Reiki,  Tao

Porque as medicinas alternativas e terapias complementares não são aceites

Medicina é só uma, pode é ter várias abordagens e processos terapêuticos. O cuidado da pessoa para a manutenção e recuperação da saúde é uma preocupação que devia estar nos objectivos de governos, instituições e profissionais.

Podemos invocar a Organização Mundial da Saúde e os encontros que realizam para uma tentativa de harmonização das abordagens mas o facto é que em Portugal se vive uma realidade completamente diferente e as medicinas alternativas e terapias complementares não encontram ainda o seu momento de harmonia e realização.

Quem já é aceite, coloca-se num patamar superior e pretende desligar-se de tudo o resto que lhe possa tirar credibilidade. Quem não é aceite, muitas vezes dá tiros nos pés.

Num Portugal onde títulos e muito papel impresso conta, onde o interesse é misturado com curta visão, sentimentalismo exacerbado e falta de unidade, torna-se difícil de fazer o que for de forma séria para que se tente chegar a um equilíbrio entre todos os profissionais.

Geralmente costumamos “copiar” as coisas de fora, mal ou bem, mas neste caso nem nos aproximamos disso e muitos procuram decretos-lei que apenas vão levar a cursos universitários e reconhecimento de alguns. Em países como a Alemanha, França, Suiça e Reino Unido, para falarmos da Europa, as práticas de terapias complementares e sabedorias tradicionais são aceites e algumas até têm comparticipação nos seguros de saúde. Precisaram de regulamentações intrincadas? Não mas pedem garantias como, por exemplo, o número de horas de prática, o registo numa associação que garanta a auto-regulamentação.

Não nos podemos nunca esquecer que um reconhecimento oficial ou certificado, não é prova de profissionalismo ou de saber cuidar e isso é-nos mostrado todos os dias.

reiki_volunteer

Falando em concreto de Reiki, como terapia complementar e integrativa, podíamos ter todo um caminho muito mais facilitado se seguíssemos os princípios que nos foram legados por Mikao Usui. Façamos uma reflexão:

Só por hoje – conseguimos estar centrados na prática de Reiki e conseguimos demonstrar Reiki sem um conjunto de acessórios, mistificações e crendices que são próprios da pessoa e não da prática?

Sou calmo – na expectativa que temos em alcançar reconhecimento, sabemos ter uma postura ponderada, pensando em todas as situações e tentando chegar a um acordo que seja benéfico para todos?

Sou grato – agradecemos os entraves e desafios, aprendemos com as lições dos outros para conseguirmos crescer de forma harmoniosa e integrada?

Trabalho honestamente – profissionalmente praticamos Reiki? Sabemos ter uma atitude profissional para com os utentes, para com os colegas da mesma profissão e de outros sectores de saúde?

Sou bondoso – quando estamos a trabalhar para o reconhecimento do Reiki procuramos a união ou somente ver quem o faz? Somos capazes de pensar em todos os praticantes que optam por uma via profissional e na diversidade dos seus saberes e tempo de trabalho? Somos capazes de trabalhar para o que será mais importante, a saúde da população?

Muitas são as reflexões que podemos, devemos ter e sem dúvida alguma que os praticantes de Reiki deviam ter uma atitude absolutamente diferente, mais conciliadora e verdadeiramente integrativa. Se é necessário reconhecimento? Talvez não mas é sem dúvida preciso afirmar a prática, viver a prática e trabalhar para o que é mais importante – a saúde pública.

Se os profissionais não têm este sentido, então a população também não poderá auxiliar com uma perspectiva positiva da prática.

Fica uma entrevista do Dr. Pinto da Costa no “Bom dia Portugal”, sobre a Medicina Integrativa, que pode ser vista no minuto 25.

http://www.rtp.pt/play/p1396/e151980/bom-dia-portugal

medicina integrativa

Designer, Mestre, Terapeuta de Reiki, Presidente da Associação Portuguesa de Reiki e fundador da Ser - Cooperativa de Solidariedade Social. Proprietário e Editor Geral da Revista Reiki & Yoga. Autor dos livros «Reiki Guia para uma Vida Feliz», «O Grande Livro do Reiki», «Reiki Usui», entre muitos outros. Fundador da revista "Budismo, uma resposta ao sofrimento". Acima de tudo quero partilhar contigo o porquê de Reiki ser a «Arte Secreta de Convidar a Felicidade».

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