
Lições do confucionismo para praticantes de Reiki
A sabedoria encontra-se sob muitas formas, em muitos caminhos. Quando vamos pelo largo caminho oriental, encontramos sempre outros caminhos férteis, como o caso do confucionismo – uma ilustração dos ensinamentos de Confúcio e dos seus alunos. De certa forma, também o espírito de rectidão de Confúcio se moveu para o Japão, para o ocidente. Pois o que é bom, está sempre em todos os homens, pode é ser dito de forma ou em língua diferente.
Lições do confucionismo para praticantes de Reiki
O Mestre disse: “Não é a tua obscuridade que devia afligir-te, mas a tua incompetência”.
Só por hoje, sou calmo – Ao ler esta frase, ficamos transtornados – assola-nos a integridade. Obscuro? Incompetente?
Esta é a maior lição para o primeiro princípio – se só por hoje, temos que ser calmos, então a obscuridade e a incompetência são caminhos necessários para chegarmos à elevação.
Confúcio disse: “Os teus erros definem-te. É precisamente pelos teus erros que podemos conhecer as tuas qualidades”.
Só por hoje, confio – Quando aprendemos a confiar em nós mesmos, observamos as nossas faltas e erros de uma forma completamente diferente. Percebemos, entendemos, que o errar significa que ainda não conseguimos compreender ou colocar em prática o que sabemos ou devíamos saber. Aí está uma oportunidade para fazer mais e melhor. Assim, os erros definem-nos, pois são os mais evidentes e também aqueles mais facilmente levam outros a julgarem-nos, no entanto, eles podem ser trampolins, pontes para o crescimento da nossa virtude.
Observa os teus erro, com honestidade, bondade e confia, trabalhar para que essa confiança cresça em ti, com cada vez mais sabedoria.
O Mestre disse: “O meu zelo é tão forte quanto o de qualquer pessoa mas ainda não consegui viver de maneira nobre”.
Só por hoje, sou grato – Precisamos ser gratos por todos os momentos. O momento em que nos conseguimos observar, que nem sempre é fácil. O momento em que percebemos que ainda não vivemos com um espírito nobre. Esta gratidão é transformadora e muitas vezes é a que nos leva a um estado momentâneo de elevação – é o puro entendimento das coisas. A gratidão traz beneces à nossa vida e à daqueles que nos rodeiam, traz alívio e harmonia.
O Mestre Zeng disse: “Examino-me a mim mesmo três vezes por dia. Ao intervir a favor dos outros, fui digno de confiança? Na relação com os meus amigos, fui leal? Pratiquei o que aprendi?“
Só por hoje, trabalho honestamente – quando olhamos para nós, com postura compassiva e observadora, podemos crescer de uma forma incrível. Muito do nosso peso de cima dos ombros sai porque houve uma observação e reflexão. A alegoria de três vezes ao dia, apenas nos diz que é para ser feita uma revisão sistemática e ao longo do nosso dia. Zeng, coloca ainda os seus pilares, principalmente, na integridade e sabedoria – defender o próximo, ser digno de confiança e lealdade para com os amigos. Ao questionar se praticou o que aprendi, revela a forte revisão que devemos ter – não ser apenas eruditos mas sábios, não coleccionar conhecimento mas colocá-lo em prática.
Confúcio disse: “A bondade encontra-se fora de alcance? Enquanto eu ansiar por bondade, a bondade estará à mão“.
Só por hoje, sou bondoso – Neste aforismo, Confúcio apela à constante busca pela bondade. Essa busca torna-nos autênticos, esforçados e observadores. Enquanto procuramos, estaremos sempre predispostos a ser. Quando achamos que já somos, podemos desleixar-nos e aí sim, a bondade encontra-se fora de alcance. Se vives num tempo que não são bondosos para ti, procura essa bondade onde ela realmente possa existir. Avalia também a forma como és bondoso – será que és bondoso de forma desapegada ou será que queres sempre um retorno?
Para terminar, fica mais uma reflexão, tão importante para nós praticantes do que chamamos amor incondicional.
Confúcio disse: “Zilu, já ouviste falar das seis qualidades e das suas seis perversões?”
– “Não”.
– “Senta-te, eu contarei.
- O amor pela humanidade sem o amor pela aprendizagem degenera em tolice.
- O amor pela inteligência sem o amor pela aprendizagem degenera em frivolidade.
- O amor pelo cavalheirismo sem o amor pela aprendizagem degenera em banditismo.
- O amor pela franqueza sem o amor pela aprendizagem degenera em brutalidade.
- O amor pela coragem sem o amor pela aprendizagem degenera em violência.
- O amor pela força sem o amor pela aprendizagem degenera em anarquia”.

