Só por hoje, sou calmo – os cinco princípios de Reiki
Só por hoje, sou calmo é mesmo um desafio importante neste caminho belo do Reiki, para que possamos convidar a felicidade para a nossa vida. Ikaruna refere-se mais concretamente a um mandamento – não te zangues.
Kyo dake wa, Ikaruna – Só por hoje, sou calmo
O primeiro princípio de Reiki é o pilar de atitude para nos mantermos no momento presente. Encontrar a calma é um estado interior. Músicas, ambientes, roupas, são tudo aspectos exteriores, eles podem ajudar-nos a alcançar um estado de espírito mas não a mantê-lo, esse é um trabalho interior.
Se continuares a cultivar a raiva, a mantê-la em ti, então mais cedo ou mais tarde, irás deparar-te com esses espinhos que crescem e lentamente te envenenam. A calma, a paz duradoura, é o que te permitirá reconhecer fronteiras e encontrar uma aceitação além dos limites do ego. A calma traz reconhecimento, crescimento interior.
Persistir na raiva é como apanhar um pedaço de carvão quente com a intenção de o atirar em alguém. É sempre quem levanta a pedra que se queima. ~ Buda
A calma permitirá tornares-te observador e compassivo. Poderás observar a vida como se estivesses no alto de uma montanha. O ar é fresco e puro e tu observas todos os caminhos possíveis e todas as situações que acontecem.
Ikaruna – Só por hoje, sou calmo, na prática de Reiki
Aplicar este princípio na nossa prática de Reiki, é muito importante. Enquanto praticante, ensina-nos a disciplina, a atitude de aprendiz na prática – mente limpa e coração predisposto. Mente de principiante. Tudo tem um tempo e não nos adianta a querer correr nos níveis ou na prática. Devemos sentir, observar as alterações e crescer com Reiki.
A calma é também importante para quem é terapeuta. Ajuda-nos a ser objectivos, desapegados. Devemos escutar activamente o paciente e auxiliá-no no seu percurso terapêutico, respeitando a privacidade e o seu próprio tempo de sentir, o seu percurso de cura. Não adianta desejarmos a cura, não é esse o papel de um terapeuta de Reiki mas sim o deixar que Reiki flua por nós para a pessoa, para seu Bem Supremo. Aí acontecem as maravilhas.
Para o Mestre de Reiki, a calma diz-lhe que tudo tem um tempo. Há um tempo para ensinar, para cuidar dos alunos, para cuidar dele mesmo e continuar a sua aprendizagem (que nunca deve parar). Que no momento de dificuldade se deve fazer valer dos princípios e observar que a vida é comum a todos, que ninguém é mais que outrém. Ser mestre é ser o aprendiz, com capacidade de partilha e doação. Com sentido de responsabilidade. A calma permite-nos gerir as situações e observar o trabalho da energia.
Ikaruna – Só por hoje, sou calmo, no dia-a-dia
No teu quotidiano, esforça-te por teres tempo, disponibilidade. Estar no aqui e agora, escutando os outros, colocando os limites necessários, ajuda-te a ter uma vida mais equilibrada e feliz. Permitirá perceberes para onde a energia deve fluir e se a estás a contrariar ou a fluir com ela.
Quando colocares as mãos em ti… dedica-te a sentir, com calma.
Quando partilhares com os outros, deixa fluir e sente o que o amor incondicional do Reiki te transmite. Dedica-te a esse momento presente, com paz.
Só por hoje, sou calmo.
2 comentários
Maria Filomena Franco de Almeida Pessanha Isidoro
Sem dúvida um principio,ue quanfo na prática o conseguimis por em prática sabor é imensidao de felicidade com temperos de paz e muita alegria.
Tiago
Que lindo texto!