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João Magalhães em entrevista sobre o livro Reiki – Elevação da Consciência

Embora pouco confortável com a ideia de publicar um livro ou dar entrevistas, João Magalhães fala-nos sobre o processo de escrita do seu livro – «Reiki – Elevação da Consciência» – e partilha como descobriu esta terapia complementar e as mais-valias que lhe encontra. Em tom de partilha acaba por revelar o que o motivou a criar a Associação Portuguesa de Reiki (APR), em 2008, e termina como começa: fazendo o elogio da prática com alegria.

Finalmente publicas em livro os teus ensinamentos. Porque é que esperaste tanto tempo para fazê-lo?

Não posso dizer que escrevi este livro, ele foi-se escrevendo. Não é bem um livro com os meus ensinamentos, mas sim uma partilha de experiências e vivências que fui tendo ao longo da minha prática. Não me sinto muito confortável com o ato de publicar, por isso só posso esperar que possa ser útil de alguma forma. Não é tanto um livro de leitura mas antes de prática e ressalvo que são apenas perspetivas, pelo que recomendo a todos que sigam, sim, as indicações dos seus mestres.

Também tu sentiste a indicação do Mestre Mikao Usui ao escreveres este livro?

O livro foi acontecendo, foi-se construindo. Como tudo flui com energia, não o poderia ter feito sem Reiki, sem elevar a consciência. Seria impossível. Não sei se o Mestre Usui deu indicações, seria demasiada presunção minha interpretá-lo assim, mas peço-lhe sempre que me ajude a ter sabedoria, o que nem sempre acontece pelas minhas próprias limitações.

Um dos aspetos que realças logo no início do livro, e também recomendas muito aos teus alunos, é que pratiquem tudo consigo próprios. Reiki é, acima de tudo, a sua prática, mais do que a partilha?

Sem dúvida, não poderia escrever sobre o que não pratico. Geralmente, se der uma sugestão sobre algo que não tenha experimentado, coloco sempre essa ressalva. Os próprios programas do Tao do Reiki de 5, 10 e 21 dias, são uma prática constante. Temos que ultrapassar ideias, preconceitos e medos que nos incutem. Por exemplo, se um praticante tem dúvidas sobre o Seiheki [símbolo ensinado no nível II de Reiki] será que já experimentou o símbolo numa prática com amor incondicional por ele mesmo, ou através de meditação? Temos que praticar com alegria em vez de aceitar a dúvida como um travão. Pelo contrário, a dúvida é um impulsionador de crescimento.

Este livro distingue-se de outros porque nos convida precisamente a essa prática, nomeadamente através dos programas do Tao do Reiki que propões. Queres explicar melhor o que são estes programas e quais os seus objetivos?

Não acredito muito em distinções. Cada autor escreve à sua maneira, uns com um profundo trabalho de investigação, outros com orientação para os seus alunos. Neste livro considero-me apenas um praticante que partilha as suas experiências. Cada vez que faço um programa do Tao do Reiki, vivo esse programa com os que o subscrevem. O objetivo é auxiliar à prática de Reiki, através dos Cinco Princípios, da reflexão ou através de outras perspetivas que nos podem ajudar a crescer como indivíduos e como essência coletiva.

Adicionei o termo Tao como referência ao “Caminho” que percorremos no Reiki. O hanzi Tao representa isso mesmo, ou seja, alguém que percorre um caminho, uma forma de fazer. Quis também trazer um pouco das origens chinesas da cultura japonesa. Se fosse aplicar a mesma simbologia seria algo como Reiki Do. Com o Tao do Reiki não pretendo indicar qual é o caminho, mas sim perspetivar outros caminhos na prática que apenas podem ser vividos por quem pratica. A essência do Reiki tem mesmo que passar por aí – viver. Senão apenas teremos palavras e gestos.

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Além do Reiki dominas outras áreas de conhecimento e de desenvolvimento pessoal. Ainda assim, continuas a privilegiar este caminho. O que é que o Reiki tem que não encontras nos outros lados?

Há cerca de 24 anos que tenho uma abordagem muito consciente em torno de várias áreas de desenvolvimento pessoal. Em 2000/2001, quando iniciei a prática de Reiki, descobri algo que me trouxe uma enorme mais-valia na área terapêutica, a qual já praticava. Encontrei no Reiki a vantagem incrível que consistia em não me cansar e tratar-me ao mesmo tempo. A minha primeira abordagem ao Reiki foi a do tratamento, pois era algo que me era familiar. Depois fui descobrindo o Mestre Usui e a filosofia de vida e deu-se a transformação. Nunca parei de praticar e após o nível III ainda estive dois anos a dar consultas de Reiki, sem cobrar, num gabinete na Amadora. O ensino veio mais tarde, por volta de 2007.

Senti e sinto que o Reiki é mesmo um caminho com o qual me identifico. É difícil explicar, pois trata-se de algo muito interior. Isso reforça ainda mais a minha perspetiva de que em primeiro lugar vem o Reiki. Há ainda outro aspeto que realço, que consiste em não precisarmos de crenças para praticar Reiki, pois é energia. Isso é extraordinário e adapta-se a qualquer pessoa, desde que queira.

O Reiki é de tal forma o teu caminho que acabaste por criar, em 2008, a Associação Portuguesa de Reiki. Que motivação forte esteve na base desta decisão?

Ao longo do tempo fui-me deparando com situações algo estranhas sobre a aplicação do Reiki. Refiro-me aos tais casos menos éticos, o desconhecimento profundo sobre Reiki, as misturas de conceitos, entre muitos outros aspetos. O estranho de tudo isto é que eu decidi ir para a frente com algo que nunca tinha feito antes na vida; eu não tinha a mínima ideia de como se gere uma associação deste tipo. Foi a meditação que me fez avançar. Felizmente, o Reiki ajudou e continua a ajudar nesse campo.

Devo dizer que apenas coloquei a semente, pois a APR cresce com o esforço de muitos, por vezes incógnitos. Simples ideias fazem grandes transformações e grandes corações trazem o que é o Reiki para uma perspetiva mais atual, útil para a sociedade e para o desenvolvimento pessoal. A Associação não poderia existir sem o seu pilar – o Reiki, esse sim é verdadeiramente importante. Estou grato a todos os que participaram e participam na Associação, e mais ainda aos que nos trazem desafios. No projeto da Associação ao longo do tempo sou apenas mais uma pessoa que contribuiu, no meio de tantas. Se acreditamos em algo, devemos fazer por concretizá-lo, para que seja benéfico para muitos.

Referiste que começaste a dar consultas gratuitas na Amadora. Curiosamente foi lá que fundaste a APR e foi lá também que recentemente criaste o teu espaço pessoal de trabalho. Sentes que de alguma forma o Reiki vai ao encontro das necessidades da população deste concelho?

Sim, é curioso como uma série de situações não previstas levam àquela localidade. Acho que o Reiki está onde deve estar e não pode ser apenas para ensino ou terapia de gabinete. Acredito que o Reiki pode ter, e tem, um grande impacto na sociedade, sobretudo nas comunidades mais necessitadas. Se o quinto Princípio nos apela à bondade, então devemos estar predispostos a servir. Felizmente esta visão tem sido cumprida em diversos núcleos da APR.

Encaras, então, o Reiki como a ferramenta mais adequada para provocar mudanças positivas na sociedade e levá-la à sua concretização em pleno. É assim que encaras esta terapia complementar e filosofia de vida?

Não digo que seja a mais adequada, pois isso depende de pessoa para pessoa. Mas é sem dúvida uma ferramenta de mudança positiva se o praticante ou o recetor o quiserem. Esse é outro dos pontos incríveis do Reiki – é passivo. A pessoa é a geradora da mudança, o Reiki fluirá unicamente se ela quiser. Os Princípios serão transformadores unicamente se ela o permitir.

Se pudesses escolher apenas um poema do Imperador Meiji, qual seria e porquê?

Sem dúvida, o poema 13, pois lembra-me constantemente a independência que devemos ter e respeitar, bem como a abertura necessária para o nosso crescimento.

Poema 13 – O Espírito
Seja o que for que aconteça
Em qualquer situação
É meu desejo
Que o meu espírito se mantenha
Sem fronteiras

Com este teu livro, e para terminarmos, que mensagem gostarias de deixar aos praticantes de Reiki que de alguma forma possam contactar com “Reiki – Elevação da Consciência”?

Entreguem-se à prática de coração. Sintam e vejam o Reiki como uma forma de melhor se conhecerem e transformarem. É esta a elevação da consciência: prática e mudança. Não se sobrecarreguem nem culpabilizem, pois tudo leva o seu tempo. Reiki deve ser praticado com alegria, só assim chegamos aos mais fantásticos momentos no caminho para a felicidade.

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João Magalhães é designer, mestre e terapeuta de Reiki. Encontrou na prática desta terapia complementar e filosofia de vida a resposta a muitas das suas questões e é no Mestre Mikao Usui e nos Cinco Princípios do Reiki que busca inspiração. Em 2008 fundou a Associação Portuguesa de Reiki, de que é presidente, e em 2012 co-fundou o CENIF – Centro Português de Investigação e Formação em Terapias Complementares, onde dá formação. A elevação da consciência surge como um processo natural que iniciou em 1991. A cultura oriental, bem como vários outros saberes e práticas, permitiram-lhe construir a sua abordagem num caminho simples que é comum a todos os que procuram o crescimento interior, mas é no Reiki que encontra a ferramenta que considera indispensável para todo o processo. “Reiki é a arte secreta de convidar a felicidade”, a frase de Mikao Usui, guia-o neste caminho

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«Reiki – Elevação da Consciência»

O livro «Reiki – Elevação da Consciência» foi apresentado no dia 29 de março em Guimarães e a 4 de abril em Lisboa e em breve estará disponível em todas as livrarias do país. Entretanto, poderá ser encomendado através dos seguintes contactos:

CENIF Amadora, CENIF Guimarães ou diretamente na editora:

Edições Mahatma
Telm: 967319952
edicoesmahatma@mail.com
www.edicoes-mahatma.com

Fonte: Reiki em Portugal, entrevista de Andreia Vieira

Designer, Mestre, Terapeuta de Reiki, Presidente da Associação Portuguesa de Reiki e fundador da Ser - Cooperativa de Solidariedade Social. Autor dos livros «Reiki Guia para uma Vida Feliz», «O Grande Livro do Reiki», «Reiki Usui», entre muitos outros. Fundador da revista "Budismo, uma resposta ao sofrimento". Acima de tudo quero partilhar contigo o porquê de Reiki ser a «Arte Secreta de Convidar a Felicidade».

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