Reiki

Reiki do voluntariado à profissionalização

ReikiUm dos temas que tem sido amplamente discutido no Reiki é o voluntariado e a prática profissional. Queremos, através deste artigo, perspectivar um pouco sobre as duas vertentes. Nunca esquecendo a beleza do Reiki – é simples, é uma filosofia de vida assente em cinco princípios, proporciona autotratamento, é um acto de amor incondicional.

Quer se seja voluntário, terapeuta ou praticante, há algo de comum que a todos nos une – é o Reiki. As bases do Reiki são os cinco princípios. Como nos podemos esquecer deles e haver tanta confusão entre praticantes de Reiki?

Na reflexão deste tema, não se deixem envolver de cabeça quente, reflitam nos cinco princípios, saiam da zona de conforto e da perspectiva que têm da vida e tentem alcançar os outros. Com várias perspectivas, enriquecemos a nossa própria. Se nos fecharmos, como pode o Reiki fluir e chegar a todos?

O Reiki, o voluntariado e a profissionalização

Uma das maiores alegrias no Reiki é a prática e, claro, ver os seus efeitos surpreendentes. A energia manifesta-se de forma muito única em cada praticante assim como a pratica pode ter nuances, diferenças, de praticante para praticante. Uns aplicam unicamente autotratamento, outros seguem uma via de doação pelo voluntariado e temos ainda aqueles que optam por uma via profissional, tendo um espaço aberto ao público.

Será que há diferenças nestas práticas?

Reiki é sempre Reiki, a diferença não está na energia. A diferença está no praticantes que a aplica e na sua postura. Vamos perceber as diferenças entre voluntariado e prática profissional.

Voluntariado Reiki

O voluntariado é tão exigente quanto um atendimento profissional. Esta exigência está na capacidade de avaliação objectiva, relação interpessoal, gestão da sua própria energia com a energia dos outros, desapego, bom conhecimento e prática de Reiki.

Na generalidade interpreta-se o voluntariado como uma acção de apoio a quem mais precisa. Essa acção pode ser realizada numa instituição, associações de Reiki ou espaços próprios. O objectivo é dar a quem não tem capacidades de pagar por uma terapia.

No voluntariado não existe um pagamento pelo serviço, no entanto, há espaços que podem necessitar de donativos para se poderem manter.  O espírito do voluntário é a entrega, a doação. Muitos sentem como a verdadeira prática do Reiki e a realização da sua vida, enquanto ser humano capaz de ajudar os outros.

O voluntariado é também exigente e requer compromisso, ser voluntário não é apenas ser quando apetece, há que cumprir, “trabalhar honestamente”.

Terapeuta Profissional

Terapeuta de Reiki é alguém que teve todo o seu percurso, de nível 1 ao nível 3, desenvolveu prática e sente no seu interior que esta é uma vocação que o realiza, com a mesma certeza de que irá auxiliar quem o procura. Desde florista a engenheiro, o Reiki não escolhe graus académicos nem profissões prévias. Todos o podem praticar e dependerá mais da construção pessoal, entrega ao sentir e saber prático do que propriamente a sua formação académica.

A parte profissional tem uma certa diferença do voluntariado pelas seguintes características:

  • Espaço próprio
  • Atendimento personalizado e caso a caso
  • Seguimento ao longo do tempo da mesma pessoa pelo mesmo terapeuta
  • Tempo de atendimento maior
  • Pagamento do serviço

Estes são apenas alguns pontos de exemplo, no entanto, em alguns casos de voluntariado estes pontos podem estar presentes, excepto o pagamento de serviço.

O voluntariado não pode ser encarado como uma concorrência à prática profissional mas deve ter os seus cuidados na filtragem. Deve receber pelo voluntariado quem realmente não tem posses para ir a uma consulta de Reiki. Se o voluntário deseja receber todas as pessoas mesmo tendo condições para pagar, em troca do valor que esta pessoa lhe der, então poderá fazer uma revisão de vida. No fundo está a pedir um pagamento em troca, apesar de não estabelecer valores.

Como nota final, no aspecto de uma prática de Reiki paga, o que o cliente estará a pagar não será o Reiki mas sim o tempo, saber, despesas e o necessário para a subsistência do terapeuta. Por exemplo, no voluntariado onde há donativo o mesmo serve para pagar rolos de papel, chá, entre outros consumíveis.

Designer, Mestre, Terapeuta de Reiki, Presidente da Associação Portuguesa de Reiki e fundador da Ser - Cooperativa de Solidariedade Social. Autor dos livros «Reiki Guia para uma Vida Feliz», «O Grande Livro do Reiki», «Reiki Usui», entre muitos outros. Fundador da revista "Budismo, uma resposta ao sofrimento". Acima de tudo quero partilhar contigo o porquê de Reiki ser a «Arte Secreta de Convidar a Felicidade».

3 comentários

  • Eurico Veiga

    Deve receber pelo voluntariado quem realmente não tem posses para ir a uma consulta de Reiki.

    Esta é uma frase do texto que acabo de ler e fiquei confuso já que sempre ouvi dizer e já li que os terapeutas de REIKI não fazem diagnósticos ( só os médicos o podem fazer ).
    O que quer dizer então ” consulta de REIKI “????

    • João Magalhães

      Olá Eurico,
      excelente questão.
      Os terapeutas de Reiki não fazem diagnóstico médico, a não ser que sejam médicos ou tenham tido formação para tal. No entanto, nós fazemos uma avaliação dentro da nossa especialidade que é a energética, dentro do âmbito do Reiki (byosen). Assim como um terapeuta de Reiki não faz diagnóstico médico, também um médico não faz diagnóstico energético se não tiver competências para tal.
      Uma consulta de Reiki é um espaço e tempo onde terapeuta e cliente se encontram para definir e trabalhar em conjunto um plano terapêutico. Este plano, dependerá muito da própria pessoa e nunca excluirá a medicina e terapias convencionais.
      tudo de bom,
      João

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