Procedimento de um terapeuta energético – um modelo experimental
Avaliar a ação de um terapeuta energético mais concretamente de um terapeuta Reiki é ainda uma prática subtil e exigente. Os valores estudados são com pouca variação no entanto surgem indicações de alterações. Devemos talvez pensar que se a ciência ainda não está a conseguir medir, é porque precisa de outro tipo de indicadores ou instrumentos com uma outra sensibilidade. Procedimento de um terapeuta energético – um modelo experimental é um trabalho realizado por Maura Ferreira, Paulo Rodrigues-Santos, Vera Alves, Manuel Santos-Rosa, Silvério Cabrita, do Instituto de Patologia Experimental e do Instituto de Imunologia, da Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra.
Este trabalho recebeu o prémio Hayashi de Investigação Reiki, em Dezembro de 2012.
Contexto e objectivos
Os procedimentos de terapeutas energéticos, ganharam popularidade nas últimas décadas, embora envolvendo conceitos polémicos e muitas vezes faltando estudos credíveis. As intervenções de cura energética ganharam popularidade como uma abordagem não-invasiva e não-farmacológica, para o relaxamento, alívio da ansiedade e modificando a percepção da dor. Existe muito pouca evidência para apoiar a aplicação destas técnicas na prática clínica e mais estudos clínicos e laboratoriais são necessários. O objetivo deste estudo é avaliar a possível ação de um procedimento de Reiki sobre os leucócitos do rato.
Materiais e Métodos
Um grupo de dez ratos machos Wistar, com 8 semanas de idade, foram aleatoriamente divididos em dois grupos pequenos de 5 animais cada. O grupo I não foi submetido a qualquer tipo de manipulação e os animais do grupo II foram submetidos a Reiki 15 minutos por dia, três vezes por semana, durante 8 semanas. Após este período, o sangue foi colhido de todos os animais e enviado para avaliar a autofluorescência dos linfócitos e monócitos, sem identificar o grupo de cada animal. Autofluorescência intracelular é geralmente dominada pelos reduzidos nucleótidos piridina (NAD (P) H) e as flavinas oxidadas (FMN, FAD), ambos os quais são potencialmente úteis como indicadores metabólicos celulares. A autofluorescência tem de excitação e de emissão semelhante de isotiocianato de fluoresceína (FITC) e R-ficoeritrina (EPR). Portanto, foi realizada a avaliação através da medição da autofluorescência em um FITC / RPE dot plot usando um BD FACSCanto citometro de fluxo II.
Resultados
A média de autofluorescência foi aumentada significativamente nos monócitos grupo II (0,76% versus 0,10%; Mann-Withney test p = 0,0238). Linfócitos do Grupo II apresentaram também aumento da autofluorescência (0,10% vs 0,04%), sem significância estatística.
Não houve diferença significativa na histologia do pulmão entre os dois grupos de animais após 8 semanas do procedimento experimental.
Conclusões
Em conjunto, estes resultados preliminares sugerem um aumento da atividade dos leucócitos em animais submetidos ao procedimento de Reiki. Estudos de caracterização da resposta imunitária podem elucidar sobre os efeitos dos processos de um terapeuta energético.
Nota: Tradução de João Magalhães, do inglês. No caso de identificar alguma correção necessária à tradução, por favor contate-nos.