
No centro do Tao
No Tao do Reiki encontramos muitas vezes a necessidade de ajudar os outros. Quantas vezes é que esta necessidade é apenas uma forma camuflada de dependência?
Sintonizar-nos com o universo, estarmos em silêncio, numa atitude interna de harmonia entre o Eu e o que nos rodeia leva-nos a perceber o que é dependência do que é fortaleza. A prática do Reiki comprava-nos que ele é bom, eficiente, que em praticamente todos os campos da nossa vida se integra. Isto dá-nos alegria e essa alegria queremos levar ao outro.
Na paz interior, sabemos reconhecer onde está o limite, a fronteira da imposição, da liberdade de escolha. Alegria ou tristeza não podem estar associadas à aceitação ou não, não devem estar dependentes de sucesso ou fracasso. Vamos escutar a nossa prática, ler atentamente a Vitória pela Auto-Suficiência e deixar-mos fluir Reiki… O que acontece?
A alegria de percorrermos este caminho, este Tao do Reiki, leva-nos ao crescimento interior, ao polimento do nosso espelho onde os outros se refletirão, como dizia o Imperador Meiji.
23 – Vitória pela Auto-Suficiência
Quem pouco fala, encontra atitude certa
Em todos os acontecimentos.
Não desespera quando rugem tufões,
Porque sabem que não tardam a passar;
Sabem que um chuveiro não dura o dia todo,
É produzido pelo céu e pela terra.
Se tudo é tão inconstante,
Como não o seria o homem?
Por isto o que importa
É a atitude interna,
Isto é : adaptar-se em silêncio
A todos os acontecimentos.
Quem harmoniza os seus atos
Com o Tao da Realidade
Se torna um com ele.
Quem, no seu agir, é determinado
Por seu próprio ego,
Identifica-se com o ego.
Quem identifica o seu agir com coisa qualquer,
É identificado com esta coisa.
Quem sintoniza com a alma do Infinito,
Se assemelha em tudo ao Infinito.
E quem assim se harmoniza com o Infinito,
Recebe os benefícios do Infinito.
Tanta confiança recebe cada um,
Quanta confiança ele der.
